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Medicina é desbancada e já não é o curso mais concorrido; veja a lista

Estudantes de medicina que sempre acharam prestar o vestibular mais difícil podem respirar aliviados, pois o curso perdeu esse posto.

por Rodrigo Peronti
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Durante anos, dizer que Medicina era o curso mais concorrido do Brasil era quase uma regra, mas parece que essa história mudou. O Sistema de Seleção Unificada (SiSU) 2025 trouxe uma surpresa que pegou muita gente de surpresa: a Biomedicina na Universidade Federal do Paraná (UFPR) assumiu o topo da lista de cursos mais disputados.

Mas como assim? Pois é, Medicina ainda segue entre os cursos mais procurados, mas dessa vez não levou o primeiro lugar. A Biomedicina na UFPR teve um número impressionante de candidatos por vaga: foram 1.568 inscritos para apenas seis vagas, o que dá uma concorrência absurda de 261,33 candidatos por vaga.

Concorrência acirrada na Medicina: quem mais se destacou?

Não foi só a Biomedicina da UFPR que chamou atenção. Medicina, claro, seguiu entre os cursos mais disputados, especialmente na Universidade Estadual de Maringá (UEM), que teve apenas quatro vagas disponíveis, o que gerou uma briga acirrada entre os candidatos. Além disso, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) também viu uma grande demanda pelos seus 40 lugares na graduação de Medicina.

Outros cursos também entraram na lista dos mais procurados, mostrando uma diversidade maior nas áreas de interesse dos estudantes brasileiros. Pedagogia na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Análise e Desenvolvimento de Sistemas no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) e Fisioterapia na UFPR foram alguns dos que tiveram uma disputa acirrada.

Concorrência vs. nota de corte: uma história nem sempre linear

Muita gente pode pensar que o curso mais concorrido também tem a nota de corte mais alta, mas a realidade não é bem assim. No caso da Medicina na UEM, por exemplo, a nota de corte foi 40 pontos maior do que a de Biomedicina na UFPR. Ou seja, a dificuldade de entrar no curso não depende apenas da quantidade de candidatos por vaga, mas também do desempenho dos concorrentes.

Afinal, um curso com poucas vagas e muitos candidatos pode ter uma concorrência altíssima, mas se os inscritos tiverem notas medianas, a nota de corte pode acabar não sendo tão absurda assim. Por outro lado, cursos com menos inscritos podem ter notas de corte altíssimas se os candidatos forem extremamente qualificados.

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O que isso significa para o futuro da Medicina?

O fato de Biomedicina ter assumido a liderança na concorrência pode ser um indício de que as áreas biomédicas estão ganhando cada vez mais espaço no interesse dos estudantes. Mas também pode ser apenas um reflexo da baixa oferta de vagas no curso, criando uma disputa intensa momentaneamente.

O que fica claro é que o panorama acadêmico no Brasil está cada vez mais dinâmico. Novas áreas ganham relevância a cada ano, e os estudantes estão diversificando suas escolhas. Medicina ainda é um dos cursos mais desejados, mas a Biomedicina mostrou que, pelo menos em 2025, conseguiu roubar os holofotes.

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