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Quando acompanhamos as discussões sobre inovação e mercado, não é difícil perceber que, dentro do ambiente de negócios contemporâneo, o setor financeiro é um dos que mais tem avançado em termos de digitalização – e o contexto de pandemia só reforçou este cenário de transformação.
De acordo com o levantamento Fintech Report 2020 da Distrito, por exemplo, já são mais de 742 fintechs no país (número 34% maior do que o de 2019); ao passo que os investimentos em tecnologia no sistema bancário aumentaram 48% de 2018 para 2019, chegando a R$ 24,6 bilhões, segundo a Febraban.
Dentro deste contexto, só em 2020, centenas de agências físicas dos principais bancos privados do país foram fechadas e mais de 11 mil funcionários foram cortados do sistema bancário tradicional, fator que reforça uma incógnita dentro do segmento: qual o caminho para os profissionais do setor financeiro – em especial para aqueles acima de 40 anos que, a bem da verdade, já sofriam com a rotatividade de funcionários em um segmento no qual, curiosamente, as oportunidades vão se tornando mais escassas a medida em que ganham mais experiência?
A boa notícia é que esta mesma digitalização que muda os paradigmas do ambiente de negócios tradicional, também motiva o surgimento de novos modelos de negócio e soluções que favorecem a vida dos consumidores e de empresas, além de, ela própria, impulsionar a geração de oportunidades.
E isso vale para os mais diversos nichos do segmento financeiro, incluindo o de crédito, que tem visto surgir empresas com uma visão mais inovadora que respondem a dores importantes do mercado.
Para se ter uma ideia, hoje já existem empresas que, ao identificarem a dificuldade de organizações em conseguir crédito junto às instituições financeiras, desenvolvem novas metodologias para facilitar esta relação, garantindo melhores prazos e taxas competitivas para as organizações.
Para tanto, é preciso, sobretudo, investir na digitalização de processos e na capacitação profissional, como no caso do profissional especialista em crédito empresarial, que é responsável por avaliar – a partir da análise de dados sobre o mercado bancário e avaliação do perfil das empresas solicitantes do crédito – quais bancos possuem as melhores soluções de crédito para aquele negócio, favorecendo o sucesso nas negociações.
Dentro deste cenário e diante da saída em massa de mão de obra do sistema bancário tradicional, é importante que as empresas do setor financeiro invistam na captação de talentos, incluindo profissionais acima de 40 anos que formam o chamado “mercado de trabalho prateado” e que, ao contrário do que o senso comum poderia supor, são profissionais que oferecem uma contribuição decisiva para a construção de empresas inovadoras.
Um estudo recente do MIT aponta, por exemplo, que 1/4 das startups e empresas mais inovadoras têm como líderes acima de 45 anos – e os dados vão além, apontando que são as empresas que contam com os profissionais mais experientes são aquelas que contam com os melhores resultados em termos de crescimento.
Para finalizar, é importante compreendermos que, ao mesmo tempo em que a digitalização muda os conceitos do mercado e, em um momento inicial, pode gerar dúvidas inclusive sobre o futuro de algumas profissões; o fato é que ela também impulsiona o surgimento de novas oportunidades que podem contribuir para o avanço de transformações positivas para os consumidores e empresas, bem como, para a concepção de um mercado de trabalho mais inclusivo, que encare a experiência como um fator de diferenciação.
Por Adilson Seixas é fundador e CEO da Loara.
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