Imagem por @freepik / freepik / Divulgação Contran / editado por jornal contábil
Se você é um motorista habilitado há algum tempo, provavelmente se lembra da etapa do exame psicológico que fez parte do processo para obtenção da sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH). No entanto, o que talvez você não saiba é que essa avaliação psicológica pode voltar a ser uma parte obrigatória de sua jornada como condutor a cada vez que precisar renovar sua CNH.
O Projeto de Lei 98/2015, de autoria do senador Davi Alcolumbre (União-AP), propõe tornar a avaliação psicológica um requisito obrigatório em todas as renovações da CNH. Esta matéria já recebeu um parecer favorável do relator, senador Fabiano Contarato (PT-ES), e agora está em tramitação na Câmara dos Deputados.
É importante ressaltar que, atualmente, os motoristas que utilizam seus veículos para atividades remuneradas já são submetidos ao exame psicológico a cada renovação da CNH. No entanto, o projeto em discussão visa estender essa exigência a todos os condutores, independentemente de sua categoria ou finalidade de uso do veículo.
Neste contexto, este texto explora os detalhes e implicações desse projeto de lei que poderá impactar milhões de motoristas em todo o país. Além disso, discute-se o papel do exame psicológico na segurança viária e na promoção da saúde mental dos condutores.
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No contexto do Projeto de Lei 98/2015, que propõe a obrigatoriedade da avaliação psicológica na renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), uma preocupação legítima que surge é a questão dos custos envolvidos nesse processo. Embora o projeto em si não aborde especificamente a questão de custos adicionais, é importante analisar como essa possível exigência poderia afetar o bolso dos condutores.
Atualmente, no processo de habilitação e na renovação da CNH para motoristas que a utilizam para atividades remuneradas, como transporte de passageiros ou carga, o teste psicológico tem um custo considerável, conforme a tabela do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), que estipula o valor de R$ 200,20 para este exame.
Em casos de reprovação nesse teste, o motorista é obrigado a pagar novamente pelo exame, porém, a um custo menor, de R$ 80,07. Esses valores são direcionados diretamente para as clínicas responsáveis pela realização dos exames.
Para motoristas que não exercem atividades remuneradas, a renovação da CNH já envolve um custo adicional, uma vez que além dos valores padrão estipulados pelo Detran-MG, que atualmente é de R$ 120,89, ainda é necessário arcar com os R$ 200,20 referentes ao exame psicológico.
Essa questão dos custos é relevante, pois a inclusão do exame psicológico na renovação da CNH poderá acarretar em despesas extras para os condutores. Portanto, é um aspecto que merece atenção e discussão aprofundada, considerando o impacto financeiro que poderá ter sobre aqueles que dependem de sua habilitação para atividades diárias e profissionais.
O Projeto de Lei 98/2015, que propõe a inclusão do exame psicológico na renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), tem gerado debates no cenário político. Os senadores envolvidos na proposição desse projeto têm apresentado justificativas sólidas para a sua necessidade.
O autor do projeto, o senador Davi Alcolumbre (União-AP), sustenta que diversas doenças psicológicas podem afetar a capacidade dos motoristas no trânsito. Ele argumenta que o estado mental de um indivíduo que busca a sua primeira habilitação — quando é obrigatório o teste psicológico — pode se alterar ao longo do tempo até a data da renovação da CNH. Portanto, a avaliação psicológica periódica se torna fundamental para assegurar que os condutores estejam aptos a enfrentar um cenário de ansiedade, depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas, estresse pós-traumático e transtorno obsessivo-depressivo.
O senador Fabiano Contarato (PT-ES), relator do projeto, compartilha dessa visão e enfatiza a importância do exame psicológico regular no contexto do trânsito brasileiro. Ele ressalta que o aumento das taxas de doenças mentais na sociedade contemporânea é um fator que deve ser considerado ao se discutir medidas de segurança viária. Portanto, a avaliação psicológica periódica é vista como uma medida preventiva para garantir que os condutores estejam mentalmente aptos a operar veículos com segurança.
Em resumo, os argumentos dos senadores que respaldam o Projeto de Lei 98/2015 destacam a necessidade de se adaptar as regulamentações de trânsito à realidade contemporânea, considerando os desafios que as questões de saúde mental representam para a segurança nas estradas brasileiras. Essa proposta visa a promover a segurança viária e a saúde dos condutores, uma vez que busca garantir que os motoristas estejam em plenas condições psicológicas para enfrentar os desafios do trânsito.
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