Na manhã desta quinta-feira, 28, o dólar apresenta alta, seguindo a tendência de valorização dos rendimentos dos Treasuries e em antecipação aos dados de inflação PCE americana de fevereiro, a serem divulgados na sexta-feira, juntamente com o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
Além dos fatores externos, o câmbio do dólar também é influenciado por questões técnicas, com a formação da última taxa Ptax de março e do primeiro trimestre, adiantada para hoje devido ao feriado de Sexta-feira Santa no Brasil, Estados Unidos e Europa.
Na quarta-feira, Christopher Waller, diretor do Federal Reserve (Fed), declarou que não está imediatamente inclinado a iniciar cortes nas taxas de juros e prefere observar pelo menos mais dois meses de dados antes de tomar uma decisão.
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Hoje, dados dos Estados Unidos mostraram um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) a uma taxa anualizada de 3,4% no quarto trimestre em relação ao trimestre anterior, ligeiramente acima do esperado. Além disso, o número de pedidos de auxílio-desemprego teve uma leve queda de 2 mil na semana encerrada em 23 de março, para 210 mil, contra uma previsão de 215 mil solicitações.
No cenário das commodities, há uma mistura de sinais, com o petróleo registrando um avanço de cerca de 1,5%, enquanto o minério de ferro caiu 0,85% em Dalian, na China, ampliando perdas acumuladas em três sessões consecutivas para 9,96%.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa de desemprego ficou em 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro, em linha com as expectativas dos analistas. Além disso, a renda média real do trabalhador e a massa de renda real habitual paga aos ocupados registraram altas anuais de 4,3% e 6,7%, respectivamente.
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O Banco Central também apresentou o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), projetando um aumento de 0,24% no IPCA para março. As estimativas para os meses seguintes são de 0,35% para abril, 0,27% para maio e 0,15% para junho. As projeções para 2024 e 2025 foram mantidas em 3,5% e 3,2%, respectivamente, devido a um equilíbrio entre surpresas altistas recentes e projeções mais baixas para o curto prazo.
O dólar à vista apresenta uma alta de 0,29%, sendo cotado a R$ 4,9936, enquanto o dólar para maio registra um aumento de 0,14%, sendo negociado a R$ 5,0095, às 9h35.