Tecnologia

Mulheres na tecnologia: Setor ocupado por homens vem mudando ao longo dos anos

As mulheres ainda são minoria nas companhias de tecnologia em todo o mundo. No Brasil, o cenário está mudando lentamente.

Pelo menos, é o que mostra os dados da empresa de recrutamento Revelo: segundo a pesquisa, o número de convites a mulheres para vagas na área e em gestão de negócios cresceu de 12% em 2017 para 17% em 2019.

Já nas posições de liderança, as profissionais ocupam 20,6% no setor, conforme estudo do IBGE. Na MV, empresa líder na América Latina em desenvolvimento de softwares de gestão para a saúde, as mulheres estão cada vez mais conquistando cargos de liderança que, historicamente, eram ocupados por homens. 

Patrícia Milke, diretora regional, e Daennye Bezerra, gerente de produto do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), são alguns dos exemplos de líderes femininas na MV. Ambas colecionam excelentes resultados e fazem a diferença na companhia.

Patrícia fica à frente dos escritórios do Rio de Janeiro e Minas Gerais, sendo responsável por uma equipe de 60 pessoas, entre gerentes regionais de serviço e comercial, gerentes de contas, assistentes de projeto, comercial e consultores. Já Daennye comanda há seis anos todos os projetos e equipe de desenvolvedores do PEP MV, eleito neste ano, pela 6ª vez consecutiva, o melhor da América Latina pelo instituto norte-americano Klas.  

Como primeira diretora comercial mulher da MV, Patrícia é responsável, desde o início de 2020, pelas equipes cariocas e mineiras da empresa. Com 10 anos de casa, a diretora acumula bons resultados desde da época em que era gerente de contas, quando atingiu a meta em 330% no ano.

Durante a pandemia, a profissional chegou a 123% do objetivo. Apesar de trabalhar numa empresa de tecnologia em que a maioria dos colaboradores são homens, Patrícia afirma que já sentiu preconceito durante o período em que era gerente de contas. 

“Já senti uma certa restrição de algumas pessoas fora da MV quando era vendedora, mas aprendi que não podemos permitir sofrer esse tipo de preconceito. Sempre procuro me impor e buscar cada vez mais meu espaço no mercado de trabalho e na sociedade.

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É difícil mudar séculos de cultura, mas estamos avançando. Um reflexo disso é a nossa regional do Rio, que é quase toda liderada por mulheres”, afirma a executiva.  

Nesse mesmo caminho, quando o assunto é desenvolvimento de sistemas, a maioria dos cargos é ocupada por homens, mas Daennye Bezerra vem mudando essa história. Ela é responsável PEP da MV, liderando equipe de mais de 50 pessoas, na qual mais de 80% são do sexo masculino.

Desde 2013 na empresa, a profissional foi subindo degrau por degrau até chegar ao cargo de gerente de produto. Enfermeira de formação, a profissional já foi prejulgada por não ser da área de tecnologia e realizou uma pós-graduação no setor, além da prova do SBIS – Sociedade Brasileira de Informática em Saúde. Ela foi a segunda mulher no Brasil a passar no teste e atualmente participa do conselho da instituição. 

Há seis anos à frente do produto, Daennye conquistou em todos eles o prêmio de melhor prontuário. “Já senti preconceito por ser mulher, enfermeira e trabalhar com tecnologia, mas a mentalidade das pessoas está se transformando.

Tenho muito orgulho da minha equipe e do PEP que oferecemos aos nossos clientes. Sou grata por tudo que conquistamos até agora. Vamos trabalhar ainda mais para trazer cada vez mais funcionalidades ao nosso produto”, diz a gerente. 

Mesmo com esses exemplos, ainda há muito caminho a ser percorrido para mudar os índices. Para Silvia Aguiar, gerente de Gente & Gestão da MV, é preciso estimular as mulheres a se capacitarem nas áreas de tecnologia, assim como as empresas abrirem espaços para essas desenvolvedoras, designers, à promoção de líderes neste segmento, entre outros. 

“Para trazer a igualdade ao setor, é preciso uma nova cultura em relação aos cursos de tecnologia para que mais mulheres se interessem pela área e um trabalho constante de empoderamento feminino dentro das empresas.

Internamente, estimulamos essas práticas, nossas vagas são destinadas para todos os sexos, temos mulheres à frente de posições importantes e buscamos outras iniciativas para sermos cada vez mais uma empresa inclusiva, que valoriza o profissional e abre oportunidades para todos”, finaliza Silvia.

Por MV

Esther Vasconcelos

Estudante de nutrição e apaixonada por meios de comunicação, trabalhando atualmente como redatora no Jornal Contábil.

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