Fique Sabendo

Novas funcionalidades do Open Banking entram em operação em 29 deste mês

A terceira fase do Open Banking – sistema que promete modernizar a relação dos brasileiros com os bancos e aumentar a concorrência no setor financeiro – deve entrar em vigor em 29 de outubro, após um acordo realizado entre o Banco Central e as instituições financeiras. Quando essa fase estiver ativa, os consumidores não vão precisar mais acessar o aplicativo do seu banco para enviar um Pix, por exemplo. Esse processo irá acelerar ainda mais as compras digitais, permitindo que os consumidores deixem suas contas salvas nos sites de compras online, com o próprio portal se encarregando de autorizar o pagamento.

Após o Pix, serão incluídos TEDs, transferências entre contas da mesma instituição, boletos, débitos em conta e propostas de crédito. A quarta e última fase do projeto está prevista para iniciar em dezembro de 2021, com o começo da migração do Open Banking para o Open Finance, quando serão adicionados serviços financeiros como seguro, previdência e investimentos.

Segundo o Banco Central, o Open Banking brasileiro pode se tornar o maior projeto de sistema financeiro aberto do mundo. Para o advogado Marcelo Godke, especialista em Direito Empresarial e Societário, professor do Insper e da FAAP e sócio do escritório Godke Advogados, isso realmente pode se concretizar. “A competição no mercado bancário brasileiro precisa ser fomentada e há muito espaço para isso. O maior projeto de open banking não vai ser o americano, pois nos Estados Unidos o mercado já é pulverizado e existem milhares de instituições financeiras ativas, então já existe uma competição muito grande por lá. E isso a gente ainda não vê no Brasil, pois aqui o mercado é altamente concentrado”, explica.

Com a pulverização de instituições, o professor acredita que as taxas oferecidas atualmente para os clientes vão melhorar por causa da competição. “As instituições mais eficientes vão acabar tendo taxas mais atrativas, mas isso não deve acontecer de um dia para o outro, pois nosso mercado ainda é muito concentrado, com 4 instituições que dominam mais de 85% dos ativos financeiros. Mas, no longo prazo, vai acontecer e será positivo para o consumidor”.

Por Marcelo Godke – especialista em Direito Empresarial e Societário e sócio do escritório Godke Advogados – bacharel em Direito pela Universidade Católica de Santos, especialista em Direito dos Contratos pelo Ceu Law School.

Leonardo Grandchamp

Supervisor de Redação do Jornal Contábil e responsável pelo Portal Dia Rural.

Recent Posts

Lúpus: veja os direitos que o INSS oferece ao segurado

O lúpus é uma doença inflamatória autoimune, em que o próprio sistema imunológico produz anticorpos…

12 horas ago

Omie tem mais de 60 vagas abertas em 10 estados brasileiros

A Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem, está com 64 vagas abertas em suas…

13 horas ago

MEI: Como realizar a alteração do CNAE pela internet?

Atualmente, é possível alterar a ocupação de forma simples e objetiva, mas muitos empreendedores ainda…

13 horas ago

Alerta ao MEI: classificação incorreta da atividade pode gerar multas e mais impostos

Nos últimos dias, os pequenos empreendedores foram pegos de surpresa com a notícia de que…

13 horas ago

Fraudes digitais – a ameaça crescente às empresas no Brasil

A digitalização acelerada dos negócios no Brasil trouxe uma série de facilidades, mas também criou…

13 horas ago

IRPF 2025: Como a Inteligência Artificial Ajuda a Evitar a Malha Fiscal

Com o prazo de entrega do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) se aproximando,…

13 horas ago