O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um amparo para famílias com crianças e adolescentes portadores de deficiência (PcD) que vivem em situação de vulnerabilidade financeira.
No entanto, a partir de 2025, esse benefício pode passar por mudanças no que diz respeito a menores de idade PcD, o que pode impactar diretamente o poder aquisitivo dessas famílias. As discussões em curso no governo federal apontam para ajustes nas regras de reajuste do BPC, visando conter os gastos públicos sem cortar diretamente o número de beneficiários.
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Atualmente, o BPC é concedido a indivíduos com deficiência de qualquer idade, incluindo crianças e adolescentes, desde que comprovem renda familiar per capita inferior a 1/4 do salário mínimo vigente.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é o órgão responsável por analisar os pedidos, realizando perícias médicas e avaliações socioeconômicas para determinar a elegibilidade dos requerentes.
Para ter acesso ao BPC, é necessário estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e atender aos seguintes requisitos:
Possuir deficiência comprovada por meio de avaliação médica e social realizada pelo INSS;
Possuir uma renda familiar mensal de até 1/4 do salário mínimo por pessoa;
Não receber qualquer outro benefício da Previdência Social ou de outro regime, exceto a pensão por morte e o auxílio-acidente.
O BPC desempenha um papel importante no amparo às famílias que enfrentam desafios financeiros e possuem membros com deficiência. Esse benefício assegura recursos essenciais para atender às necessidades básicas, como alimentação, moradia, saúde e educação.
Para muitas dessas famílias, o BPC representa a única fonte de renda, sendo fundamental para a manutenção de uma qualidade de vida digna.
Atualmente estão sendo estudadas alternativas para ajustar os gastos com o BPC, sem necessariamente reduzir o número de beneficiários. As propostas em discussão envolvem principalmente mudanças nas regras de reajuste do benefício.
Está em análise a proposta de elevar a idade mínima para a concessão do BPC a idosos, de 65 para 70 anos. Essa medida visa reduzir os custos do programa, uma vez que a expectativa de vida da população brasileira tem aumentado gradualmente.
Outra proposta em discussão é realizar o reajuste anual do BPC com base exclusivamente na inflação do ano anterior, deixando de seguir os aumentos do salário mínimo nacional. Atualmente, o valor do BPC é equivalente a um salário mínimo e, portanto, acompanha os reajustes anuais desse piso salarial.
Essas alterações visam conter os gastos governamentais com o BPC, sem a necessidade de aumentar a arrecadação por meio de contribuições previdenciárias ou cortar diretamente o número de beneficiários.
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Se implementadas, as propostas de mudança no BPC podem afetar diretamente o poder de compra das famílias que dependem desse benefício para suprir suas necessidades básicas, especialmente em períodos de alta inflacionária.
Ao limitar o reajuste do BPC apenas à inflação, sem considerar os aumentos do salário mínimo, o valor real do benefício pode ficar defasado em relação ao custo de vida. Isso significa que, mesmo com o reajuste inflacionário, as famílias PcD podem enfrentar dificuldades para manter o mesmo padrão de consumo, comprometendo seu acesso a itens essenciais, como alimentos, medicamentos e serviços de saúde.
As mudanças propostas também podem afetar o planejamento financeiro das famílias PcD, especialmente aquelas com crianças e adolescentes beneficiários.
Essas famílias geralmente dependem do BPC para garantir o acesso a tratamentos médicos, terapias e recursos educacionais específicos para o desenvolvimento dos filhos com deficiência. Um reajuste limitado pode comprometer a capacidade dessas famílias de prover os cuidados necessários.
Paralelamente às discussões sobre as mudanças no BPC, o INSS tem conduzido um processo de revisão dos beneficiários atuais, conhecido como operação “pente-fino”.
Esse procedimento visa identificar irregularidades e garantir que o auxílio seja destinado apenas a quem realmente atende aos critérios estabelecidos.
Portanto, muita coisa ainda pode sofrer alteração com relação a esse benefício assistencial. É preciso estar atento a novos rumos que o Governo Federal pretende introduzir.
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