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Na era da hiper conectividade, os consumidores das classes C, D e E estão mais informados, exigentes e buscam maximizar o valor de cada compra.
A pesquisa “Mercado da maioria – Como a força da população de baixa renda está transformando o setor de varejo e consumo no Brasil”, realizada pela PwC e Instituto Locomotiva, revela que 86% estão dispostos a priorizar marcas e lojas sustentáveis, e 53% já deixaram de comprar marcas por falta de responsabilidade social.
Com as festas de fim de ano se aproximando, informações sobre o perfil desses consumidores, que chegam a 154,3 milhões de brasileiros, pode ser estratégico para o varejo, já que as marcas enfrentam o desafio de igualar a oferta diversificada de marketplaces.
O estudo teve como base uma abordagem metodológica mista, com pesquisas quantitativas e qualitativas para formar uma visão ampla e aprofundada sobre reflexões e tendências de consumo nas classes C, D e E, sendo denominada de mercado da maioria.
Segundo o levantamento, esses consumidores priorizam a compra com propósito, ligada a engajamento e coletivização das preferências de consumo, e demonstram disposição semelhante à das classes A e B de evitar marcas que não estão alinhadas com a sustentabilidade.
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“Nosso foco é o mercado da maioria, dos consumidores no meio e na base da pirâmide econômica, que tiveram que se reinventar em busca de equilíbrio financeiro e controle de despesas. São pessoas ainda mais seletivas, com mais experiência e acesso à informação e a mais opções de compras e canais. É um cenário que está impulsionando uma abordagem mais criteriosa na avaliação do custo-benefício, combinando uma exigência de qualidade e preço acessível, com uma atenção especial aos aspectos ESG”, explica Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.
Também há uma demanda latente por consumir de marcas/lojas engajadas com a diversidade: 64% aceitam pagar um pouco mais por marcas/produtos que apoiem a diversidade, e 50% já deixaram de comprar um produto ou contratar serviços de alguma marca que teve atitudes consideradas preconceituosas.
“Os brasileiros das classes C, D e E têm características e comportamentos diferentes em comparação com o que era visto alguns anos atrás. São novas demandas e nuances regionais que precisam ser consideradas pelas organizações. A reflexão que queremos provocar vai além da experiência do consumidor. Queremos incentivar os líderes a se perguntar se suas estratégias e execução são realmente adequadas para atender a essa população, considerando fatores econômicos, variações culturais e questões ESG a que esses consumidores estão cada vez mais atentos”, diz Luciana Medeiros,
sócia e líder da indústria de Consumo e Varejo da PwC Brasil.
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A busca por métodos alternativos de compra, que favorecem a otimização do consumo, também é uma tendência observada: 38% já comparam produtos usados em sites/apps especializados, por exemplo.
O desejo por compras inteligentes é outra característica da maioria, já que 66% valorizam o produto de qualidade por preço justo, assim como a imersão no mundo phygital – compras feitas on-line e retiradas em lojas físicas – que conta com adesão de 63%.
A maioria – 55% da classe C, e 65% das classes D e E – ainda prefere vitrines mais chamativas, coloridas e com muitas informações e se sente mais à vontade em lojas com funcionários com perfis mais parecidos com o seu.
A pesquisa tem uma amostra com 2.388 de entrevistas com homens e mulheres a partir de 18 anos, sendo 1.539 das classes C, D e E, e 849 das classes A e B.
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