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Novos aumentos de impostos estão à caminho

Você se lembra da unificação do PIS/COFINS? Muito discutida no ano de 2015, a mudança na legislação tributária acabou caindo no ostracismo. Esquecida em meio a tantas turbulências políticas, a unificação dos tributos deve sair após a definição de quem será o presidente da república nos próximos dois anos. Com um cenário tão conturbado, o que esperar dessa nova reforma? Aumento das contribuições!

Para quem acompanha o cenário tributário e fiscal atual, foram incontáveis as tentativas da Receita em acalmar os ânimos envolvidos nesse assunto, afirmando que um possível aumento de alíquota estaria fora de questão. Mas vamos aos fatos: o histórico de atualizações e modificações tributárias nos remetem a um aumento de alíquota. Se nos basearmos especificamente o caso do PIS e da COFINS, ambos os tributos passaram por uma série de aumentos nesses mais de quarenta anos de existência.

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Por que esperar uma situação diferente agora? Acredito que não temos motivos para isso. Além da questão histórica, a reforma proposta pela Receita Federal coloca tanto PIS (que será atualizada primeiro) quanto COFINS em um regime tributário não-cumulativo de fato, ou seja, a tributação ocorrerá somente sobre o valor agregado, que apesar de simplificar o processo de pagamento, entendimento de créditos tributários e maior “justiça” na tributação, com certeza irá gerar uma queda na arrecadação do governo.

Fica claro que o atual momento econômico não permite uma redução na arrecadação das duas principais “fontes de renda” do Governo Federal , já que PIS e COFINS juntos geram cerca de 20% do total de tributos federais recolhidos no país.

Analisando esse cenário, há quem diga que a reforma do PIS/COFINS sempre visou o aumento da alíquota. Acredito que não seja esse o caso, já que essa medida apesar de onerosa, se faz necessária. O PIS criado em 1970 e a COFINS, criada em 1982, acompanharam todas as transformações sociais, políticas e econômicas de nosso país.

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Na mão de vários governantes, elas foram costuradas ao longo dos anos de acordo com o “interesse” de cada um desses políticos, tornando a legislação por trás dessas obrigações fiscais uma verdadeira “colcha de retalhos”. Essa desorganização legislativa acarreta muitas dúvidas e problemas no sistema tributário e fiscal atual, principalmente quando falamos de créditos tributários e recolhimento desses tributos.

Com essas novas reformas, o que a Receita pretende é uma simplificação da apuração das contribuições, embora alguns estudos tributários mostram que isso não acontecerá, até mesmo porque a intenção é ter um regime simplificado além do não cumulativo, continuando com a sistemática monofásica (alíquotas diferenciadas para alguns setores da economia, como por exemplo: medicamentos, combustíveis, veículos, entre outros), ou seja, vamos continuar a ter duas formas de apurar as contribuições, além de facilitar a visualização de créditos tributários, através da tributação sobre lucro real e presumido de cada um (tirando as empresas enquadradas no simples nacional).

Dessa vez, a intenção de mudança foi boa, mas o resultado pode sair um pouco mais caro do que o esperado, em especial para o setor de serviço e comércio.

Matéria: Convergencia digital uol

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