Imagem: gpointstudio / freepik
Boa parte da população brasileira enfrenta um grande desafio, a quitação de dívidas e empréstimos, e para isso acontecer é necessário se ter um bom planejamento e também muita disciplina financeira.
De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 78,5% das famílias brasileiras estão em dívidas, sendo que 18,5% desse total se consideram “muito” endividadas.
Ao mesmo ponto, um estudo do Sebrae com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que apenas 3 de cada 10 empresários que buscam empréstimo têm sucesso.
Com números tão ambíguos, cria-se um ciclo de dívidas, que, muitas vezes, os empréstimos são requisitados para pagar as próprias obrigações financeiras.
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Rogério Brandão, planejador financeiro, mentor sênior e acionista da Serafin, indica que é preciso priorizar os débitos, concentrando-se nas de taxas de juros mais altas para economizar dinheiro a longo prazo.
“Estabeleça um orçamento realista que considere sua renda e despesas mensais. Certifique-se de alocar fundos extras para pagar seus débitos. A otimização de gastos, como entretenimento, refeições fora de casa e compras consideradas supérfluas, também pode liberar recursos adicionais”.
Aumentar a renda, seja por empregos adicionais, venda de itens não utilizados ou desenvolvimento de habilidades para renda extra, também pode ser uma estratégia eficaz.
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“Criar um fundo de emergência é essencial também para evitar acumular mais dívidas em situações inesperadas. E claro, a negociação com credores é uma etapa crucial, já que muitos estão dispostos a reduzir taxas de juros ou aceitar valores menores. Considerar a consolidação e refinanciamento de empréstimos pode oferecer taxas de juros mais baixas e termos de pagamento favoráveis”, pondera o especialista.
As dívidas têm raízes em diversos motivos que merecem nossa atenção para evitar desafios financeiros.
Emergências médicas, consertos inesperados e danos à casa são apenas algumas despesas imprevistas que levam à contração de débitos não pagos.
Segundo Brandão, o desejo de manter um estilo de vida além da renda disponível contribui para gastos excessivos, alimentados por compras impulsivas e falta de um orçamento sólido também entram na lista das causas do problema.
Outros agentes causadores, como a pressão social e a influência da publicidade, muitas vezes impulsionadas pelas redes sociais, podem levar as pessoas a gastarem mais do que deveriam em busca de status e aceitação social.
“A falta de educação financeira é um fator crítico. O desconhecimento sobre a gestão eficaz do dinheiro aumenta o risco de decisões financeiras prejudiciais”, explica.
Durante o desafiador processo de quitação de dívidas, a resistência à tentação de contrair novas obrigações financeiras é imperativa para o problema cessar.
Para Brandão, a utilização prudente de cartões de crédito e empréstimos adicionais deve ser restrita ao estritamente necessário.
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“A manutenção de um registro detalhado das dívidas pagas e o valor total liquidado oferecem não apenas estímulo, mas também uma avaliação clara do progresso ao longo do tempo. A automação dos pagamentos é uma prática recomendada para evitar esquecimentos e potenciais atrasos resultantes em multas e juros adicionais”, aconselha.
Como dica de ouro, a visão a longo prazo é destacada por Rogério.
Enquanto se trabalha na quitação das dívidas, a orientação para objetivos financeiros futuros, como aposentadoria, investimentos e a constituição de um fundo de emergência robusto, é fundamental para manter o foco em um futuro financeiro sólido.
“O ensinamento central é que quitar dívidas vai além do mero retorno do controle financeiro; é uma oportunidade de construir hábitos financeiros saudáveis que resultarão positivamente a longo prazo”, conclui.
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