Conhecer as principais diferenças entre o regime de competência e de caixa é importante para que empresários e gestores consigam dominar a gestão financeira de seus negócios.
Esses são dois métodos usados para registrar as transações contábeis e diferem, principalmente, em relação ao momento em que deve ser registrado cada fato ocorrido na empresa. Descubra neste artigo as demais diferenças e conheça a descrição de cada um deles.
Uma empresa pode ter lucro, mas não ter dinheiro?
Antes de entender a diferença entre regime de caixa e regime de competência, vamos focar em uma afirmação: uma empresa pode ter lucro, mas não ter dinheiro, e vice-versa!
Essa situação pode ocorrer porque o lucro é apurado usando receitas e despesas, que não são os mesmos que recebimentos de caixa e desembolsos de caixa. É aqui que mora a diferença entre os métodos.
O que é regime de caixa?
Nesse tipo de regime, as receitas são contabilizadas apenas quando o dinheiro referente a elas é recebido. Ao mesmo tempo, as despesas são registradas no momento em que são efetivamente pagas.
Vantagens
É um método mais simples que o regime de competência, uma vez que apenas são contabilizadas as quantias pagas ou recebidas. Por isso, permite um acompanhamento descomplicado do fluxo de caixa.
Desvantagens
Tal regime pode distorcer a visão da saúde financeira do negócio. Se uma empresa tem uma boa quantia em caixa, mas tem montantes de contas a pagar não provisionados que excedem essa quantia, um investidor pode concluir que a empresa está lucrando quando, na verdade, está perdendo dinheiro.
O que é regime de competência?
No regime de competência, os efeitos das transações são reconhecidos no momento em que ocorrem, não dependendo do pagamento, recebimento de caixa ou outros recursos financeiros.
Aqui, o registro de receitas é realizado quando um produto ou serviço é entregue a um cliente, com a expectativa de que o dinheiro será pago no futuro. As despesas também são registradas quando ocorrem, mesmo que o pagamento também só ocorra posteriormente.
Vantagens
É um retrato mais preciso da situação patrimonial da empresa, particularmente a longo prazo. Fornece uma ampla gama de informações para a gestão e redução de custos.
Desvantagens
Acompanhar o fluxo de caixa pode ficar mais trabalhoso, dependendo do volume e da complexidade das transações realizadas pela empresa.
Por ser mais detalhado, exige mais trabalho no controle da documentação de tudo o que ocorre no negócio.
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Qual é a diferença entre regime de competência e de caixa?
Para ilustrar nossa afirmação anterior de que a empresa pode ter lucro, mas não ter dinheiro, vamos supor que uma nova empresa venda R$ 12 mil em produtos, parcelados em três vezes.
Pelo regime de competência, a empresa deve reconhecer R$ 12 mil em receitas em seu primeiro mês. Como o dinheiro não será recebido imediatamente, se mensalmente as despesas forem de R$ 7 mil, no primeiro mês a empresa reportará um lucro de R$ 5 mil.
Pelo regime de caixa, a empresa deve reconhecer R$ 4 mil em receitas no primeiro mês, quando receber o valor da primeira prestação. Nos dois meses seguintes, ao receber as respectivas parcelas, registrará o restante da receita.
Essa situação pode gerar alguns equívocos no momento de fazer a gestão financeira. Para que isso não aconteça, é importante contar com demonstrações financeiras.
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Qual é a importância das demonstrações financeiras?
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
Evidencia a composição do resultado líquido em um determinado período, confrontando as receitas e despesas ocorridas.
Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)
Mostra as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa de uma empresa, além dos resultados desse fluxo em determinado período.
Ambas as visões são necessárias e complementares. Os dados devem ser sempre analisados pelas duas perspectivas, a fim de obter a melhor decisão possível para a situação da empresa.
Vale lembrar que o regime de caixa não fornece informações suficientes para fazer o balanço patrimonial de forma adequada. Já o regime de competência permite que a empresa levante a DRE e a DFC, além do balanço patrimonial.
Conteúdo original Marlian Contabilidade
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