O que é o auxílio-reclusão e quem tem direito ao benefício do INSS

O que é o auxílio-reclusão

Todas as vezes em que discussões sobre o sistema penal brasileiro vêm à tona, surgem informações erradas sobre o auxílio-reclusão pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Após declarações recentes do ex-senador Magno Malta, e até do presidente eleito Jair Bolsonaro, contra esse pagamento, muita gente tem contestado nas redes sociais a concessão do benefício aos dependentes de quem está preso. Esse, porém, é um direito garantido por lei apenas para o trabalhador que contribuiu para a Previdência Social — seja com carteira assinada ou como autônomo, microempreendedor ou trabalhador avulso — e cometeu um crime. Essas pessoas podem deixar um auxílio à família porque pagaram para isso, recolhendo mensalmente para o INSS.

Quem Recebe os Benefícios

Neste caso, o órgão paga o benefício aos filhos, que têm o direito de serem amparados, uma vez que o responsável era filiado à Previdência Social. A ideia não é amparar famílias de bandidos procurados pela polícia, com histórico de criminalidade, que não trabalham nem recolhem para o instituto.

Para que seus dependentes de um trabalhador que cometeu um crime tenham direito ao auxílio-reclusão, o detento tem que estar preso em regime fechado ou semiaberto (aquele no qual pode sair da cadeia durante o dia, mas deve voltar à noite). Também é preciso que tenha feito a última contribuição ao INSS, no máximo, um ano antes da prisão. Além disso, precisa cumpri requisitos de renda mínima.

Valor do auxílio-reclusão

Para ter direito ao auxílio, o último salário de contribuição do preso deve se encaixar nas regras atualizadas anualmente pelo governo. Atualmente, a renda, antes da detenção, deveria ser igual ou inferior a R$ 1.319,18.

Segundo dados do INSS, cerca de 47 mil dependentes de presos recebiam o auxílio-reclusão em 2017. Segundo o último Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, divulgado em dezembro do ano passado, o Brasil tinha, em 2016, 726 mil presos. Considerando este dado, em relação aos pagamentos feitos pelo INSS em 2017, somente as famílias de 6,5% dos presos no país receberam o auxílio. Com Jornal Extra

Ricardo de Freitas

Ricardo de Freitas possui uma trajetória multifacetada, ele acumula experiências como jornalista, CEO e CMO, tendo atuado em grandes empresas de software no Brasil. Atualmente, lidera o grupo que engloba as empresas Banconta, Creditook e MEI360, focadas em soluções financeiras e contábeis para micro e pequenas empresas. Sua expertise em marketing se reflete em sua obra literária: "A Revolução do Marketing para Empresas Contábeis": Neste livro, Ricardo de Freitas compartilha suas visões e estratégias sobre como as empresas contábeis podem se destacar em um mercado cada vez mais competitivo, utilizando o marketing digital como ferramenta de crescimento.

Recent Posts

Os 5 concursos públicos mais aguardados de 2025

Em 2025 dezenas de concursos públicos estão previstos, decidimos montar uma lista com as melhores…

39 minutos ago

Contabilidade: aprenda como declarar o Imposto de Renda do MEI

Se você é um profissional de contabilidade e quer saber como enviar a Declaração de…

2 horas ago

Lúpus: veja os direitos que o INSS oferece ao segurado

O lúpus é uma doença inflamatória autoimune, em que o próprio sistema imunológico produz anticorpos…

16 horas ago

Omie tem mais de 60 vagas abertas em 10 estados brasileiros

A Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem, está com 64 vagas abertas em suas…

17 horas ago

MEI: Como realizar a alteração do CNAE pela internet?

Atualmente, é possível alterar a ocupação de forma simples e objetiva, mas muitos empreendedores ainda…

17 horas ago

Alerta ao MEI: classificação incorreta da atividade pode gerar multas e mais impostos

Nos últimos dias, os pequenos empreendedores foram pegos de surpresa com a notícia de que…

17 horas ago