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O recurso previdenciário do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é o meio de recorrer a uma decisão à qual o segurado não concorda, solicitando a revisão do parecer apresentado.
Quando se trata de benefícios previdenciários, o recurso é utilizado como um meio de requerer uma nova avaliação referente a algum requerimento inicial junto ao INSS.
Tais revisões são feitas pelo Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), e podem ser julgadas em duas instâncias, sendo a primeira na Junta de Recursos e a segunda na Câmara de Julgamentos.
Desta forma, se o segurado não concordar com a decisão em 1ª instância, ele ainda está autorizado a enviar um pedido de recurso à Câmara de Julgamentos.
É possível dar entrada em um recurso administrativo no INSS a partir do momento em que o segurado recebe a negativa de qualquer benefício, seja a aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte, ou qualquer outro.
Além do mais, também é possível solicitar o recurso quando um benefício ativo é cancelado, bastante comum com a aposentadoria por invalidez, ou quando o segurado não está de acordo com o valor ou data dos benefícios deferidos pela previdência.
Entretanto, existe um prazo de 30 dias para recorrer ao INSS após a notificação com a decisão da autarquia.
Em outras palavras, após receber a carta informando que o requerimento inicial foi negado ou que o benefício foi suspenso, é necessário entrar com um recurso dentro do período de, no máximo, um mês.
Se este prazo não for cumprido, o segurado perderá o direito de apresentar o recurso, e estará apto a somente ter uma nova avaliação referente ao benefício ao enviar um novo requerimento ao INSS.
Qualquer trabalhador que tenha atendido aos requisitos de concessão de benefícios previdenciários está apto a recorrer da decisão do INSS quando o pedido for negado.
Entretanto, para ter mais chances de sucesso, é essencial compreender como o pedido de reavaliação deve ser feito.
Antes de mais nada, é necessário conhecer o motivo que levou o INSS a negar ou cessar o benefício previdenciário, o que pode ser feito através da simples leitura da carta de indeferimento ou, caso não seja o suficiente, com o pedido de informações em uma das agências do INSS.
Compreendendo bem as razões apresentadas pelo INSS, é possível passar para o preenchimento do formulário de recurso.
Embora o INSS aceite petições em folha à parte, o ideal é usar o formulário disponibilizado para download no próprio site do INSS, o qual pode ser preenchido de forma online ou manuscrita, se for impresso.
Os principais campos que devem ser preenchidos, são:
O último campo é o mais importante de todos, pois é nele que há a oportunidade de se apresentar os motivos que sustentam o pedido de reavaliação.
Como por exemplo, se o INSS afirmar que o segurado tem 34 anos de contribuição, mas o mesmo possuir documentos que comprovem que ele já atingiu os 35 anos, é necessário explicar neste campo, que o cálculo feito pela autarquia se encontra incompleto ou inconsistente.
Após preencher o formulário do recurso e reunir a documentação capaz de auxiliar na argumentação para uma nova análise do INSS, o segurado finalmente pode protocolar o pedido.
É importante dizer que esse processo pode ser feito de três maneiras, sendo elas:
Após ser protocolado, o recurso será julgado por um colegiado formado por um representante do Governo, um das empresas e um dos trabalhadores.
O Órgão Julgador Previdenciário tem até 85 dias após o efetivo protocolo do recurso para julgar e devolver o processo para o INSS.
Vale mencionar que, quando esse prazo não é cumprido, o segurado tem o direito de fazer uma reclamação pelo site da Ouvidoria do INSS ou pela Central de Atendimento 135.
O segurado pode acompanhar o andamento do processo de recurso através do site do INSS, basta ter um cadastro no domínio gov.br, com CPF e senha pessoal de acesso.
No entanto, se o segurado ainda não tiver esse registro, ele pode criá-lo no site “Meu INSS” ou presencialmente em uma das agências do instituto, além do que, também é possível obter atualizações do processo de recurso pelo telefone 135.
Ao final do julgamento, o segurado pode ter o recurso aprovado ou um mantimento do parecer inicial do INSS, com o indeferimento do benefício.
Neste caso, o ideal é recorrer a um recurso judicial, buscando o direito diante da Justiça.
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Por: Laura Alvarenga
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