O Brasil é o país que mais realiza cirurgias plásticas todos os anos, e a prótese de silicone ocupa o segundo lugar no ranking. Com tantas mulheres brasileiras que realizaram essa mudança nos seios, e com o Outubro Rosa chegando, pode ficar uma dúvida para muitas: existe alguma diferença nos exames de prevenção do câncer de mama para quem tem silicone?
“Já escutei de muitas pacientes e pessoas próximas insegurança com estes procedimentos, principalmente com a mamografia,” explica Dra. Patricia Marques, cirurgiã plástica membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. “O medo da prótese estourar ao realizar o exame é o mais comum”, comenta.
A especialista esclarece que o medo apesar de compreensível, não tem um fundamento, já que casos de ruptura durante o exame são extremamente raros. “Pode ser que haja uma sensação diferente, especialmente para quem ainda não se acostumou com a prótese,” explica. “Mas realizando o procedimento em uma clínica de qualidade, e informando ao profissional responsável pela mamografia que você possui silicone, não há com o que se preocupar.”
Já quando assunto é o exame do toque de mama, a cirurgiã explica que não há diferença alguma, e ele pode ser realizado de maneira normal. Em alguns casos pode até facilitar o autoexame. “A prótese empurra as glândulas mamárias para frente, o que pode deixar nódulos ou firmeza anormal mais pronunciados, ajudando na identificação para quem é leigo.”
Ela ainda sinaliza que autoexames mensais com movimentos técnicos são a norma mais recomendada, mas vale sempre a pena prestar atenção a todos os momentos. “A maioria dos casos é descoberto por meio de toques casuais das mamas. Então observe, pelo tato e visão, já que manchas e deformidades também são indicações, sempre que se sentir confortável.”
A médica deixa claro que a necessidade desses exames é essencial na prevenção do câncer de mama, e é ainda mais importante neste momento em que vivemos deixar isto claro para toda a população feminina. “Considero este Outubro Rosa mais significativo do que outros, pois tivemos uma queda brusca na realizações desses procedimentos desde a pandemia. Obviamente, exames de rotina deveriam ser evitados, mas desde a normalização não voltamos aos números de 2019.”
De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia e dados do Ministério da Saúde, houve um declínio de 42% no número de mamografias feitas em 2020, equivalente a cerca de 800 mil exames, e até agora não parece que houve recuperação desta queda em 2021.
A doutora explica que como todo médico, recomenda a realização de avaliações sempre para monitorar o estado de saúde. Mas em especial os de prevenção ao câncer de mama, por ser uma doença tão agressiva e de rápida evolução. “Se você se sente insegura por conta do silicone, leia material sobre o assunto ou converse com seu cirurgião para que possa se tranquilizar, mas não deixe de realizar exames tão importantes como estes,” finaliza Marques.
Por Doutora Patricia Marques (CRM-SP 146410) é graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, com especialização em reconstrução de mama e cirurgia linfática no Hospital Santa Creu i Sant Pau em Barcelona, e complementação em cirurgia reparadora de mama, cabeça e pescoço no Hospital Memorial Sloan-Katering Câncer Center, em NY, EUA.
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