A Saraiva foi durante muitos anos a maior livraria do Brasil e a mais famosa de todas. Entretanto, está passando por um momento de recuperação judicial.
A livraria acaba de preparar um novo plano para fugir da falência e continuar no mercado.
Segundo informações, a dívida da Saraiva somavam R$ 329,9 milhões em agosto, sendo que R$ 156,7 milhões são de dívidas com bancos e instituições de crédito.
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O maior credor no momento da Saraiva é o Banco do Brasil, seguido por Itaú Unibanco.
Na quinta-feira (8), foi apresentada uma nova proposta, que altera o plano original de recuperação judicial.
Ela prevê a divisão da operação remanescente da Saraiva em três unidades produtivas isoladas (UPI), que seriam colocadas à venda para possíveis interessados.
Mas a companhia propõe se desfazer apenas de uma das unidades, a que tiver a maior proposta; os recursos levantados serviriam para abater parte da dívida ou para manter o que sobrar da rede, sejam lojas físicas ou o site.
Porém, o plano terá que ter aprovação de maioria simples de credores representados na assembleia geral, que foi marcada para a próxima quinta-feira (15). A Saraiva terá que apresentar um laudo de viabilidade do plano.
As três unidades da Saraiva colocadas à venda seriam
UPI Lojas: com valor mínimo de 189 milhões de reais, essa unidade reuniria todos os contratos de pelo menos 23 lojas, incluindo contratos de locação, de trabalho com os funcionários e de consignação de livros com editoras.
UPI Site: com valor mínimo de 150 milhões de reais, essa unidade reuniria os contratos relativos à operação do site da Saraiva, incluindo contratos comerciais e de trabalho.
UPI Mista: com valor a ser estipulado pelo potencial interessado, a unidade reuniria os contratos relacionados à operação do site, incluindo contratos comerciais e de trabalho, além de lojas a ser especificadas por quem desejar adquiri-las.
Para Ronaldo Vasconcelos, administrador judicial da recuperação da Saraiva, a continuidade do negócio (da empresa) depende do resultado da nova assembleia geral de credores.
“Deve ser levada em conta não apenas a situação econômica da empresa em recuperação mas também os interesses dos credores, que igualmente sofreram perdas significativas durante a pandemia — editoras, fornecedores, locadores — e que já sofreram deságio nos seus créditos”, afirma Vasconcelos.
Edição por Jorge Roberto Wrigt Cunha – jornalista do Jornal Contábil
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