Enquanto países como Suíça, Panamá e Ilhas Cayman frequentemente dominam as manchetes quando o assunto é paraísos fiscais, existem outras nações que operam de forma mais discreta, oferecendo vantagens fiscais atraentes para empresas e indivíduos ricos. Esses locais, muitas vezes ignorados pelo grande público, são verdadeiros refúgios para a otimização de impostos, mas permanecem longe dos holofotes. Conheça 10 países que são paraísos fiscais, mas poucas pessoas sabem.
Escondido entre a França e a Espanha, este pequeno principado nos Pirenéus é um dos segredos mais bem guardados da Europa. Com uma taxa de imposto sobre empresas de apenas 10% e nenhum imposto sobre heranças ou doações, Andorra atrai investidores que buscam discrição e estabilidade. Além disso, o país não faz parte da União Europeia, o que lhe permite manter políticas fiscais mais flexíveis.
Este arquipélago no Pacífico Sul é um dos paraísos fiscais mais remotos do mundo. Vanuatu não tem imposto de renda, imposto sobre ganhos de capital ou impostos sobre heranças. Além disso, o país oferece cidadania em troca de investimentos, o que o torna um refúgio popular para quem busca escapar de sistemas fiscais mais rigorosos.
Dentro da Malásia, Labuan é uma zona franca que funciona como um centro financeiro offshore. Com uma taxa de imposto corporativo de apenas 3% e isenções fiscais para determinadas atividades, Labuan tem atraído empresas globais que desejam reduzir sua carga tributária. A localização estratégica no Sudeste Asiático também contribui para seu apelo.
Este pequeno país caribenho é um dos favoritos para a criação de empresas offshore. Com leis que protegem a privacidade dos investidores e a ausência de impostos sobre ganhos de capital, São Vicente e Granadinas é um refúgio para quem busca minimizar a exposição fiscal. Além disso, o país não compartilha automaticamente informações fiscais com outras nações.
Localizado no Oceano Índico, as Ilhas Maurício são um hub financeiro que oferece uma taxa de imposto corporativo de apenas 15%. O país tem uma rede de tratados para evitar a dupla tributação, o que o torna um ponto de passagem popular para investimentos na África e na Ásia. Apesar de sua reputação crescente, as Ilhas Maurício ainda é pouco conhecida pelo público em geral.
No cruzamento entre Europa e Ásia, a Geórgia tem se tornado um destino atraente para empresas e investidores. Com uma taxa de imposto sobre empresas de apenas 15% e isenções fiscais para dividendos e ganhos de capital, o país oferece um ambiente fiscal favorável. Além disso, a Geórgia não faz parte da OCDE, o que lhe permite manter políticas fiscais mais liberais.
Este pequeno país da América Central é um dos paraísos fiscais mais acessíveis do mundo. Belize não tributa renda gerada fora do país e oferece anonimato para proprietários de empresas offshore. Com um sistema jurídico baseado no common law britânico, o país é uma opção segura e discreta para investidores internacionais.
Outro arquipélago no Oceano Índico, as Seychelles são conhecidas por suas praias paradisíacas, mas também por seu sistema fiscal favorável. O país permite a criação de empresas offshore com impostos mínimos e proteção robusta da privacidade dos investidores. Além disso, as Seychelles não exigem que as empresas divulguem informações sobre seus proprietários.
Este pequeno país dos Balcãs tem atraído investidores com sua taxa de imposto corporativo de apenas 9%, uma das mais baixas da Europa. Montenegro também oferece programas de residência e cidadania em troca de investimentos, o que o torna um destino atraente para quem busca reduzir sua carga fiscal.
Um dos menores países do mundo, Nauru é um paraíso fiscal pouco conhecido no Pacífico. O país não tem imposto de renda pessoal ou corporativo, e sua localização remota garante discrição. No entanto, Nauru tem enfrentado críticas por sua falta de transparência e por ser associado a atividades financeiras questionáveis.
Embora esses países ofereçam benefícios fiscais atraentes, a existência de paraísos fiscais continua a ser um tema polêmico. Críticos argumentam que eles facilitam a evasão fiscal e a lavagem de dinheiro, prejudicando economias globais. Por outro lado, defensores afirmam que essas jurisdições promovem a competição fiscal entre países, incentivando governos a adotar políticas mais eficientes.
À medida que a pressão internacional por maior transparência aumenta, muitos desses paraísos fiscais secretos podem ser forçados a rever suas políticas. Por enquanto, no entanto, eles continuam a ser refúgios atraentes para quem busca minimizar sua carga tributária longe dos olhos do público.
Por Lucas de Sá Pereira, contador https://contadorlucaspereira.shop/, e colunista do Jornal Contábil e criador do instagram @contadorlucaspereira
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