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PMEs que superaram a crise continuam em crescimento

De acordo com a Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), publicada em julho, cerca de 716 mil empresas, a maioria de pequeno porte, fecharam as portas na pandemia.

Entretanto, nesse período, houve um forte aumento na abertura de novos negócios e no crescimento de empresas que foram cruciais na sobrevivência de outras, principalmente por ajudarem na adaptação ao digital.

Muitos empresários que já estavam no mercado também precisaram buscar formas de remodelar o negócio à nova realidade. 

Foi o que aconteceu, por exemplo, com a Maria Brasileira, maior rede de franquias de cuidados e serviços de limpeza residenciais e corporativas.

Com o isolamento imposto pela crise sanitária, houve forte queda no atendimento aos domicílios. Porém, registrou aumento de demanda pelas empresas.

Para atendê-las, a Maria Brasileira passou a oferecer os serviços de higienização e sanitização em seu portfólio e foram abertas 50 novas unidades apenas entre março e julho.

O e-commerce foi um grande aliado dos empreendedores na pandemia.

As empresas, com o isolamento proposto, passaram a vender seus produtos no online.

Neste cenário, o Bagy, plataforma que ajuda pequenos e médios varejistas a criarem sua própria loja online, foi uma solução para as empresas terem a sua vitrine online e manterem seus negócios.

Antes da pandemia, registrava cerca de 150 novos entrantes por mês, na crise, esse número passou a ser diário. O quadro de funcionários também triplicou para atender a demanda.

Assim como o e-commerce, o marketing digital também possibilitou que varejistas e prestadores de serviço conseguissem se adaptar ao digital, vencendo a barreira do distanciamento.

A leadlovers, plataforma de automação de marketing digital, teve um aumento no número de clientes, na utilização das ferramentas de captação de leads e e-mail marketing, e ainda ampliou o quadro de funcionários. 

Outro setor que apresentou crescimento expressivo foi o mercado de assinaturas, a exemplo do Allugator.

A plataforma que possibilita que usuários assinem smartphones e eletrônicos em geral cresceu, em média, 40% ao mês durante o período de crise.

Em parte, o crescimento se deve ao novo comportamento do consumidor, que, cada vez mais, vê nos planos de assinatura uma opção mais barata.

O sucesso foi tamanho que o site firmou parcerias com empresas como a Mutual para captar recursos para aumentar o estoque.

O Magote, marketplace de serviços de beleza e saúde que está no mercado há 10 anos, foi impactado nos dois primeiros meses de pandemia com o fechamento do comércio, mesmo que no ambiente digital.

Mas, a partir de julho, a empresa começou a crescer novamente e registrou um aumento de 35% a 40% no número de novos usuários e de novos parceiros, quando comparado a 2019.

Os dados refletem como o marketplace foi essencial para que seus mais de 6.000 parceiros se mantivessem estáveis durante a quarentena.

Márcio Pascal, fundador da empresa, explica que, com o fechamento do comércio, as clínicas de beleza não sabiam se conseguiriam reabrir e que a força do online, promovida pelo Magote, ajudou o offline, onde as clínicas conseguiram marcar consultas durante o período de reabertura, em agosto.  

Já o setor imobiliário, também impactado pela pandemia, contou com empresas que ajudaram a manter os negócios ativos, como é o caso da Arbo Imóveis, marketplace que simplifica as transações para locatários, proprietários, administradores e compradores de imóveis.

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A empresa paranaense registrou um aumento de 300% em vendas neste período de isolamento social, e vem expandindo a atuação.

Hoje, a startup tem presença em 17 estados brasileiros e também na Flórida (EUA).

Ainda do setor, a Group Software, empresa que há 25 anos desenvolve soluções para condomínios e shoppings, também registrou um crescimento expressivo na contratação das suas soluções, como foi o caso da Assembleia Condominial Online, que aumentou em mais de 3.000%, e a Vistoria Online, que foi lançada durante a pandemia para auxiliar os negócios de forma remota. 

A PPT Go, scale up de Tecnologia com foco em apresentações de alto impacto e vídeos interativos, também é um case de sucesso na pandemia.

Com o aumento de reuniões e eventos online, a empresa cresceu 30%.

Além de novas contratações, a marca investiu na aquisição de equipamentos para a montagem de um estúdio próprio em sua sede, a fim de otimizar as gravações dos vídeos interativos. 

Case de sucesso e exemplo de empresa que surgiu durante a pandemia, o MeuVizinho.me é a primeira rede social de consumo local do Brasil.

A plataforma tem como principal propósito conectar e unir pessoas que estão próximas e é totalmente gratuita, tanto para quem divulga serviços e produtos, quanto para quem está a procura de negócios na vizinhança.

A empresa foi lançada no final de maio e, em pouco mais de seis meses, está presente em todos os estados do Brasil e possui mais de 50 mil usuários.

Para o PsicoManager, plataforma que oferece um sistema completo de gestão para psicólogos e clínicas de psicologia, o ano de 2020 está sendo um grande desafio.

A empresa começou a bater recordes de vendas e faturamento logo no mês de janeiro.

Com a pandemia e políticas de isolamento social, foram criadas estratégias para auxiliar ainda mais os clientes com atendimentos remotos.

Foram feitas melhorias no produto e adaptação de uma ferramenta de sala virtual, que possibilitou um maior suporte aos psicólogos.

No terceiro trimestre, a empresa obteve resultados incríveis, refletidos até agora.

Indústria têxtil

Da mesma forma, para enfrentar a crise no segmento têxtil, a Cataguases, referência nacional e Américas no fornecimento de tecidos planos leves de algodão, apostou na reinvenção e passou a produzir máscaras com o apoio de confecções parceiras, atraindo grandes clientes para essa demanda, como Energisa, Braskem, Grupo Pão de Açúcar e Santander.

Além disso, a Cataguases se uniu com a Dalila Têxtil para criação de uma collab inédita no setor têxtil nacional, a fim de ampliar a aplicação do acabamento antiviral nos tecidos, que atua no combate ao coronavírus.

Para 2021, a companhia espera voltar ao faturamento de 2019 e restabelecer os níveis de produção e vendas daquele ano.

Gabriel Dau

Estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, atualmente trabalha como Redator do Jornal Contábil sendo responsável pela elaboração e desenvolvimento de conteúdos.

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