Posso criar CNPJ de MEI no nome do conjuge Essas são as consequências / Imagem freepik
Muitos empreendedores encontram no Microempreendedor Individual (MEI) uma ótima alternativa para formalizar seus negócios, pagar menos impostos e garantir benefícios previdenciários. Mas e quando a pessoa quer abrir um MEI no nome do cônjuge? Essa estratégia pode parecer tentadora para dividir responsabilidades ou até evitar problemas fiscais, mas será que isso é permitido? E quais as consequências de tomar essa decisão?
Se você está pensando em registrar um CNPJ de MEI no nome do seu marido ou esposa, continue lendo e entenda o que é permitido, quais os riscos e o que pode acontecer caso essa prática seja feita sem planejamento.
Sim, é permitido que o cônjuge tenha um MEI registrado no próprio nome, desde que ele mesmo seja o responsável pelo negócio. Mas o que não pode acontecer é usar o nome do cônjuge apenas para fugir de obrigações fiscais ou ocultar rendimentos.
O MEI deve ser uma atividade exercida diretamente pela pessoa titular do CNPJ, ou seja, se o negócio realmente pertence a você, não faz sentido criar o MEI no nome do seu cônjuge apenas para evitar tributos ou restrições legais. Isso pode trazer problemas sérios no futuro.
Se a intenção for esconder o faturamento real do negócio ou dividir rendimentos para pagar menos impostos, essa prática pode ser caracterizada como fraude tributária. Mas além desse risco, existem outras consequências que podem surgir ao abrir um MEI no nome do cônjuge sem planejamento adequado:
🚨 1. Problemas com a Receita Federal
A Receita Federal pode cruzar informações e perceber que quem realmente gerencia o negócio não é o titular do MEI. Isso pode levar à exclusão do Simples Nacional, obrigando o empresário a pagar tributos mais altos e até sofrer penalidades.
🚨 2. Risco de Dívidas e Responsabilidades
Se o MEI gerar dívidas ou tiver pendências fiscais, o titular do CNPJ será o responsável por arcar com os débitos. Mas se o cônjuge não estiver ciente da movimentação financeira e dos impostos, ele pode ser surpreendido com cobranças inesperadas e até restrições de crédito.
🚨 3. Perda de Benefícios Previdenciários
Se o MEI estiver no nome do cônjuge apenas formalmente, mas ele não fizer contribuições regularmente, pode perder o direito a benefícios como aposentadoria, auxílio-doença e salário-maternidade.
🚨 4. Dificuldade para Comprovar Renda
Se futuramente o casal precisar de um financiamento ou empréstimo, pode ser complicado justificar a renda real. O banco pode questionar o motivo de o CNPJ estar no nome de uma pessoa que não atua no negócio de fato.
🚨 5. Complicações na Declaração do Imposto de Renda
Se houver discrepâncias entre a renda declarada e os valores movimentados pelo MEI, a Receita Federal pode identificar irregularidades e o casal pode cair na malha fina. Mas isso pode ser evitado ao manter a contabilidade organizada e declarar corretamente os rendimentos.
Se o seu cônjuge realmente trabalha no negócio e deseja formalizar suas atividades, abrir um MEI em seu nome pode ser uma excelente opção. Mas para isso, ele precisa estar ciente das responsabilidades envolvidas.
O MEI pode ser uma solução vantajosa nos seguintes casos:
✅ Se o cônjuge presta serviços ou vende produtos de forma independente;
✅ Se ele deseja contribuir para o INSS e garantir benefícios previdenciários;
✅ Se a atividade exercida é compatível com o regime do MEI;
✅ Se ele for o real responsável pelo negócio, emitindo notas fiscais e administrando os clientes.
Se essas condições forem atendidas, o MEI pode ser uma excelente alternativa para garantir formalização, acesso a crédito e segurança jurídica para o negócio.
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Se o faturamento do negócio ultrapassa os R$ 81 mil anuais, ou se há necessidade de um sócio, o ideal pode ser abrir uma Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP). Mas para quem quer manter o MEI e crescer de forma segura, uma opção é contratar o cônjuge como funcionário.
Se o objetivo for dividir responsabilidades, uma alternativa interessante é abrir uma Sociedade Limitada Unipessoal (SLU), que permite que uma única pessoa tenha um CNPJ sem precisar de sócios.
Criar um CNPJ no nome do cônjuge pode ser legal e vantajoso, mas apenas se ele for o verdadeiro responsável pelo negócio. Caso contrário, essa prática pode gerar problemas fiscais, financeiros e até legais no futuro.
Se a intenção for apenas driblar impostos ou evitar restrições, é melhor repensar a estratégia e buscar alternativas mais seguras. Mas se o cônjuge realmente trabalha no negócio, o MEI pode ser um excelente caminho para a formalização e crescimento da atividade.
Antes de tomar qualquer decisão, vale a pena buscar a orientação de um contador, que pode ajudar a avaliar a melhor estratégia para regularizar o negócio sem correr riscos desnecessários. Afinal, empreender deve ser sinônimo de crescimento – mas sempre com segurança e dentro da lei.
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