Imagem por @Dragana_Gordic / freepik
A pensão por morte é o benefício concedido pela Previdência Social ao dependente segurado inscrito no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) quando ele vem a óbito.
De acordo com o Artigo 16 da Lei nº 8.213, de 1991, são dependentes legais do segurado:
I – o cônjuge, a companheira, o companheiro (inclusive nas relações homoafetivas) e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
II – os pais;
III – o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
Vale mencionar que os enteados e menores tutelados também são regidos pelos mesmos direitos que os filhos, portanto, também integram a primeira classe de preferência, desde que haja a comprovação da dependência econômica do falecido.
Na situação de morte presumida, deve-se apresentar a decisão judicial que a declarou.
Por outro lado, se tratando da qualidade de segurado, é essencial conferir se o falecido estava realizando alguma atividade laboral ou se estava no período de graça.
Ressaltando que para comprovar a qualidade de dependente é preciso apresentar toda a documentação capaz de demonstrar tal circunstância.
Este fator irá depender da data do falecimento, ressaltando que, se o requerimento não for realizado dentro do prazo estabelecido, o mesmo não terá direito às parcelas em atraso.
O valor da pensão por morte irá depender da situação em que o segurado se encontrava no momento do seu falecimento, sendo considerado:
Antes da Reforma da Previdência, o valor da pensão por morte equivalia a 100% da aposentadoria, se houvesse, ou 100% do salário de benefício caso fosse aposentado por invalidez.
A Reforma da Previdência foi homologada no dia 13 de novembro de 2019, e desde então o valor do benefício corresponde a 50% + 10 % para cada segurado, se houvesse aposentadoria, ou com base na aposentadoria por invalidez.
Este benefício é dividido igualmente entre os dependentes, uma vez que alguém deixa de ser dependente, a parte da pessoa é dividida igualmente entre aqueles que ainda continuam sendo.
Já o fim da pensão por morte pode ocorrer nos seguintes casos:
Para cônjuge ou companheiro, nas seguintes hipóteses:
Antes de mais nada, é importante dizer que, até o fim do mês de agosto de 2020, o INSS manteve as atividades presenciais suspensas, o que significa que quaisquer requerimentos previdenciários foram admitidos, ainda que provisoriamente, mediante os canais remotos, como o “Meu INSS” ou a Central de Atendimento 135.
Independentemente do modelo de requerimento, é necessário apresentar uma série de documentos para obter a pensão por morte mediante a condição de segurado do falecido, além de também comprovar o fato causador do benefício, motivo do óbito, bem como a relação de dependência entre o solicitante e o segurado falecido.
No caso dos dependentes presumidos, como viúvos e filhos, basta apresentar documentos pessoais que possam indicar o parentesco, como certidão de casamento, registro de identidade, escritura pública de união estável ou ação judicial declaratória de união.
No caso dos parceiros que não possuem união estável certificada, existe a possibilidade de provar a referida união perante a justificação administrativa ou através de reconhecimento judicial.
Os documentos necessários para provar a união estável devem corresponder ao relacionamento do casal, precisando ter sido minimamente estável, público e com a intenção de vida comum.
Também funcionam como prova, documentos de conta conjunta bancária, endereço comum, encargos financeiros custeados por um em favor do outro, testamentos.
Além do mais, mesmo com a apresentação dos documentos mencionados, também é possível chamar provas testemunhais.
Por fim, para comprovar que o falecido era um segurado do INSS, e portanto, os dependente possuem direito ao benefício previdenciário, pode-se reunir os documentos de Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), certidão de óbito – documento indispensável, certidão de tempo de serviço, declarações ou contratos de trabalho, além de, no caso dos contribuintes facultativo e individual, o carnê de pagamento das contribuições previdenciárias.
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Por Laura Alvarenga
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