Projeto pretende fixar limite de juros para aluguel

Aluguel é uma coisa que a pessoa deseja que não aconteça e principalmente que atrase o pagamento. Mas numa economia complicada como a nossa, nem sempre, se consegue ser correto o tempo todo. Às vezes por motivos alheios a vontade da pessoa o aluguel da casa ou apartamento acaba tendo o pagamento atrasado, levando o inquilino a arcar com multas e juros.

No entanto, existe um Projeto de Lei de n° 314/22 que propõe fixar em 12% ao ano o limite máximo dos juros moratórios (para atraso de aluguéis). O texto está tramitando na Câmara dos Deputados, e pode alterar a atual Lei de Locações.

O projeto é do deputado Felipe Barros (União-PR), que segundo ele, tem como objetivo evitar cobranças abusivas dos juros moratórios, criando um valor padrão para as multas.No texto, Barros não é muito claro e nem identifica o que propõe mudar na legislação para regularizar essas questões para o brasileiro.

O PL passa por análise pela Comissão de Constituição e de Cidadania, não havendo por enquanto deliberação no Plenário. Sendo aprovado, a proposta seguirá para o Senado Federal.

Atualmente, o valor da multa por atraso de aluguel varia já que não existe um valor fixo definido por lei. Assim, vale o que foi combinado entre o locador e o locatário.

Mas ficou estabelecido pelos contratos realizados multa de 10% em caso de atraso, mas pode ser outra quantia. Já os juros, o máximo permitido é de 1% ao mês (somente instituições financeiras podem cobrar mais do que 1% ao mês de juros).

Ou seja, a lei só exige que o inquilino pague em dia o aluguel, caso haja atraso deverá arcar com as consequências. A lei deixa a critério do locador a definição do cálculo, sem nenhum parâmetro específico.
Porém, a Lei do Inquilinato prevê despejo do locatário caso aconteça atrasos no pagamento do aluguel, dando um prazo de 15 dias para a pessoa desocupar o imóvel.

O projeto de Felipe Barros tem como base tirar do locador a responsabilidade de definir o valor do cálculo de multa a ser cobrada e criar um parâmetro nacional. Barros em seu texto diz que é preciso evitar fraudes, cobranças abusivas e até despejo de locatários por atrasos no pagamento do aluguel.

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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