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Quais impostos incidem na construção civil?

Todo e qualquer ramo de atividade no Brasil necessita pagar impostos sejam federais, estaduais ou municipais. Tudo vai de acordo com o regime tributário escolhido. 

No caso do setor de construção civil, este possui características próprias e especificidades que levantam dúvidas importantes, entre elas: quais os impostos que incidem na obra e qual é o melhor regime tributário para o negócio.

Para dissipar quaisquer questionamentos, vamos abordar o assunto nesta leitura. Acompanhe e fique por dentro do tema.

Leia também: Conheça os impostos sobre venda de produtos

Construção Civil e seus Impostos

Estamos diante de uma dúvida clássica, que todo empreendedor já teve alguma vez na vida ou ainda tem, independente do setor de atuação. Isso acontece porque o nosso país utiliza um sistema complexo de tributos. 

Confira abaixo os seis principais impostos que incidem sobre a tributação na construção civil:

  • INSS (Instituto Nacional do Seguro Social);
  • IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica);
  • ISS (Imposto Sobre Serviços);
  • PIS (Programa de Integração Social);
  • CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido);
  • COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social).

Todavia, você pode se questionar qual é o melhor regime tributário para o meu negócio? Qual a alíquota de cada imposto? Veja a seguir.

Tipos de Regimes Tributários

O enquadramento tributário precisa ser definido antes mesmo de qualquer operação ser realizada. E isso não é algo exclusivo da construção civil, mas sim uma obrigação para qualquer tipo de empresa. 

Empresas do setor da construção civil podem optar entre três diferentes regimes tributários: Simples Nacional, Lucro Real e Lucro Presumido.

  • Simples Nacional

O Simples Nacional é o regime tributário mais procurado e adotado por micros e pequenas empresas. Seu uso é mais indicado para empresas na construção civil que estão começando suas operações. 

Para poder fazer parte do Simples Nacional é preciso ter faturamento anual de R$ 4,8 milhões, no máximo. Caso ultrapasse o limite será preciso mudar de regime tributário. 

Uma característica marcante do Simples Nacional é que seus impostos já vêm todos juntos em uma única guia. Uma facilidade e tanto para quem está começando, pois não há a necessidade de se preocupar com prazos e valores distintos de tributação na construção civil. 

No Simples Nacional, as empresas de construção civil são tributadas com base no Anexo IV, cuja alíquota inicial é de 4,50% ao mês.

Leia também: Pagamento de Impostos: Saiba quando parcelar e quando não parcelar

  • Lucro Real

Nesse caso é preciso que a empresa faça um cálculo de seus impostos baseado em seu lucro. Para realizar uma tarefa dessas é preciso ter um controle bastante eficiente. 

Podem fazer parte do regime tributário Lucro Real as empresas que faturam anualmente mais de R$78 milhões de reais. Ou seja, é preciso superar a barreira de valor.

No Lucro Real, o IRPJ e a CSLL são calculadas sobre o lucro líquidos das empresas e possuem as seguintes alíquotas:

  • IRPJ: 15% + adicional de 10% sobre o lucro trimestral superior a R$ 60 mil.
  • CSLL: 9%
  • PIS: 0,65%
  • COFINS: 3%
  • ISS: 2% a 5% (a depender do município).
  • Lucro Presumido

No Lucro Presumido a Receita Federal é a responsável por fazer os cálculos dos seus impostos. Dessa maneira, o pagamento do IRPJ e do CSLL é feito a partir do quanto a Receita Federal supõe ser o lucro da empresa. Mas, para tanto, é preciso faturar menos de R$78 milhões por ano. 

Neste regime é preciso levar em consideração se a atividade de construção por empreitada é por obra global ou parcial.

Na obra global, a construtora fornece todos os materiais indispensáveis à execução da obra, e, portanto, pode contar com alíquotas menores de IRPJ (1,20%) e CSLL (1,08%). Na obra parcial, a construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou com emprego parcial de materiais, o IRPJ será de 4,8% e o CSLL de 2,88%.

 Por fim, as construtoras optantes pelo Lucro Presumido, ainda ficam sujeitas ao pagamento dos seguintes impostos: PIS 0,65%, COFINS 3% e ISS 2% a 5% (a depender do município).

Ana Luzia Rodrigues

Jornalista há 30 anos já atuou nas redações de jornais de Teresópolis como reporter, editora , diagramadora. Fez vários textos jornalísticos para o evento Rio 92 e atualmente está atuando no jornalismo digital integrando a equipe do Jornal Contábil.

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