Se você está começando a entrar no universo de investimentos e conhece só a poupança, saiba que há oportunidades de baixo risco, como a caderneta, e muito mais rentáveis. Apesar de ser extremamente popular, investir na poupança, atualmente, é, praticamente, como deixar o seu dinheiro parado na conta-corrente. E vamos provar para você que isso não é nenhum exagero.
Para você deixar de pensar só na poupança, por ser somente a mais conhecida e supostamente a mais segura, também vamos te apresentar opções tão seguras quanto e que vão valorizar seu dinheiro como ele merece.
Primeiramente, vamos entender como funciona a rentabilidade da poupança. A caderneta acompanha diretamente a taxa básica de juros da economia, a Selic, e a Taxa Referencial, que é, basicamente, nula. Depósitos na poupança feitos a partir de 4 de maio de 2012, a chamada “poupança nova”, podem ser remunerados segundo duas regras diferentes.
Quando a taxa básica de juros (Selic) está baixa, até 8,5% ao ano, a poupança paga 70% da Selic + a Taxa Referencial (TR). Para um patamar de juro mais alto, acima de 8,5% ao ano, a remuneração é de 0,5% ao mês + a TR. Esta última regra é a mesma rentabilidade dos depósitos feitos antes da mudança na regra de remuneração, até o dia 3 de maio de 2012, a chamada “poupança antiga”.
No entanto, no cenário atual, vale a primeira regra porque a taxa Selic está em 6,5%, rendendo aproximadamente 4,55% ao ano. Isso é muito pouco se considerarmos que a meta da inflação para o final de 2018 é de 4,50%. Isso significa que essa rentabilidade é praticamente nula, uma vez que seu dinheiro rendendo 4,55% acompanha de muito perto a inflação, o que torna seu poder de compra mais apertado.
Investir em uma aplicação que está próxima ou perde da inflação não é uma boa estratégia. Por isso que lá no começo dissemos que o investimento na poupança é quase como deixar o dinheiro parado na conta-corrente. O verdadeiro rendimento do seu dinheiro só ocorre quando a taxa supera à da inflação.
Além disso, o rendimento da poupança só tem liquidez mensal. Você pode até retirar o seu dinheiro, mas não terá nenhuma rentabilidade se o mês não virar e se não respeitar o aniversário da aplicação. A grande vantagem da poupança é que não há nenhuma cobrança extra de taxas de administração nem qualquer tributação.
Para ser melhor que a poupança, é preciso ter em mente qual o seu perfil de investimento. Se você investe só na poupança, é certo que o seu estilo, pelo menos por enquanto, é considerado conservador. E os títulos de Renda Fixa são os melhores para desmistificar a ideia de que a poupança é o investimento mais seguro e rentável entre os conservadores.
Conheça os títulos de Renda Fixa que são conservadores, tão seguros ou mais do que a poupança e que rendem muito mais.
O Tesouro Direto, plataforma de negociação dos títulos de dívida pública do governo federal, ganha cada vez mais adeptos por ser uma opção muito mais rentável do que a poupança, sobretudo nos últimos anos. Vimos que, atualmente, a poupança pode render, no máximo, pouco mais do que a meta da inflação.
Já há alguns títulos públicos disponíveis na plataforma do Tesouro Direto que rendem aproximadamente 10% ao ano, ou seja, pelo menos o dobro do que rende a poupança e bem superior à inflação.
O Tesouro IPCA+, um dos títulos públicos mais atrativos do Tesouro Direto, rende mais do que a poupança por ter uma taxa prefixada (atualmente em torno de 4,8%) e ainda contar com a variação do IPCA, a inflação oficial do Brasil. Portanto, no caso do Tesouro IPCA+ já é certo que o seu dinheiro renderá mais que a inflação.
Quanto à segurança dos títulos públicos do Tesouro Direto não há argumentos contrários. São considerados os investimentos mais seguros do mercado porque o emissor, no caso, é o próprio governo. O poder público é tido pelo mercado financeiro como bom pagador e, por isso, os títulos públicos são até mais seguros do que a poupança.
Os CDBs são títulos de dívida emitidos por bancos. Por meio deles, o investidor empresta dinheiro para o banco financiar suas atividades em troca de uma remuneração. É a mesma lógica do Tesouro Direto, no qual o governo é o tomador de empréstimos e os cidadãos são os beneficiários dos rendimentos.
Os CDBs são ótimos substitutos da poupança porque a maioria deles tem liquidez diária, podendo ser resgatados a qualquer momento. Diferente da liquidez mensal da poupança, os CDBs remuneram proporcionalmente, não importa se você investiu em um dia e, no próximo, já resgatar. Certamente, o valor será corrigido, mesmo que minimamente.
Na hora de avaliar qual CDB escolher para, certamente, render mais que a poupança, o ideal é escolher algum que renda 90% do CDI, que é um indicador referência para entender a rentabilidade de um investimento. Para uma base de comparação, a poupança rende, nos patamares atuais, aproximadamente 70% do CDI. Portanto, um CDB com mais de 90% tem um desempenho melhor que a poupança, já descontando o Imposto de Renda, que é cobrado de acordo com uma tabela regressiva.
Em bancos médios é possível encontrar rentabilidades de mais de 100% do CDI. Quanto à segurança, os CDBs têm a mesma garantia da poupança: o Fundo Garantidor de Créditos – FGC, para aplicações de até 250 mil reais por CPF e por instituição financeira.
Essa garantia permite ao investidor buscar rentabilidades maiores em bancos de menor porte, que costumam oferecer remunerações mais vantajosas, pois caso o emissor quebre e dê um calote, o FGC garante a quantia aplicada. O valor do investimento inicial varia de acordo com cada CDB, mas há títulos para investidores de todos os níveis.
Os fundos de renda fixa também são uma alternativa à poupança. Além de você não precisar gerir, já que gestores escolhem os melhores investimentos para você, há uma junção dos papéis mencionados, como CDB e títulos públicos. Ou seja, seu dinheiro estará em aplicações mais rentáveis que a poupança e de forma diversificada, diminuindo os riscos e ajustando a rentabilidade. Há fundos que ultrapassam de 100% do CDI. É interessante observar que os fundos aceitam aportes mínimos de pelo menos R$ 100, o que acaba sendo vantajoso para um investidor que esteja iniciando.
Porém, vale lembrar que essa gestão profissional tem um custo: a chamada taxa de administração. É importante avaliar e verificar se ela não é muito alta para que não reduza demais a rentabilidade e torne o fundo desvantajoso comparando com a poupança. Especialistas do mercado recomendam que ela não ultrapasse de 1% ao ano.
Os custos aumentam por que há cobrança de IOF para aplicações de prazo inferior a 30 dias e Imposto de Renda sobre os rendimentos. Quanto ao risco, os investidores só estão expostos ao risco das aplicações nas quais o fundo investe porque, caso as gestoras dos fundos quebrem, é possível migrar para outro fundo.
Conteúdo via Genial Investimentos
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