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É muito difícil prever os próximos meses com toda situação que o todo o mundo está vivendo. Com isso, muitas empresas e colaboradores ficam inseguros com o futuro e as possibilidades. Negócios fecham e pessoas acabam perdendo seus empregos devido a quarentena. Além disso, a saúde mental pode ser afetada por tudo isso.
Alexandre Slivnik, especialista em gestão de pessoas e vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e desenvolvimento (ABTD), ressalta sobre a importância de se manter firme e com confiança para os próximos meses. “É essencial que o medo seja um agente que impulsione as atitudes nesse período, mas que não seja algo paralisante. Quem optar por utilizar essas inseguranças para criar oportunidades e desenvolver as habilidades, será ainda mais valorizado quando tudo isso acabar”, relata.
Com o distanciamento social e um bom tempo em casa, é possível utilizar esse tempo para aprimorar e desenvolver competências que vão fazer toda a diferença quando a situação estiver normalizada. Slivnik recomenda inserir pelo menos uma hora na rotina para dedicar a isso, com cursos profissionalizantes, leituras, palestras ou qualquer coisa que possa ajudar no processo. Nas últimas semanas muitos conteúdos foram disponibilizados gratuitamente na internet, o que facilitou o acesso a esses materiais.
Ainda assim, não é difícil ver que muitos profissionais ainda serão desligados ou terão suas jornadas de trabalho reduzidas por conta de um cenário que algumas empresas realmente não conseguem suportar. Um estudo recente do SEBRAE resultou no cálculo de que pelo menos 600 mil pequenas empresas vão fechar devido a COVID-19 e, por consequência, terão que demitir funcionários até mesmo a distância.
Por esse motivo, Alexandre destaca a importância de se manter atualizado e com boas conexões. “O perfil do profissional que consegue se recolocar no mercado de trabalho mais facilmente é aquele que tem uma boa rede de relacionamento e que não fica na zona de conforto, mas se esforça para inovar. Pessoas com habilidades são valorizadas por qualquer companhia”, revela o especialista.
O período requer paciência e cautela, além de toda a criatividade para sair dele com maior experiência e mais capacidades de crescimento. “Não será algo definitivo e trará aprendizados. Daqui em diante, as pessoas vão entender que é preciso guardar mais dinheiro, investir em educação e se conectar de forma mais intensa. De certo, as coisas irão mudar.”, finaliza.
Alexandre Slivnik é reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um profissional com habilidades extraordinárias (EB1).
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