Previamente, vale destacar que salário mínimo passa por reajuste de valores anualmente, de modo a, ao menos, acompanhar a inflação. Esta é uma regra prevista por lei cujo intuito é garantir a manutenção do poder de compra do trabalhador brasileiro.
Em resumo, se há aumento no preço de produtos do mercado tais como, alimentos e medicamentos, o piso salarial do trabalhador também deve subir. Desta maneira, garantir que o consumidor consiga comprar o mesmo que antes, em tese, mantendo seu padrão de vida.
Nova projeção do salário mínimo para 2022
Nesta última quarta-feira, 17 de novembro, o Ministério da Economia divulgou uma nova alta da inflação. Até então, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), previa uma inflação de 9,1%, todavia, este percentual já aumentou para 10,04%.
Diante deste aumento da taxa inflacionária, consequentemente, a projeção do piso nacional eleva também. Assim sendo, caso a nova estimativa se mantenha, o salário mínimo em 2022 será de R$ 1.210, atingindo uma marca histórica, tendo um dos maiores valores.
Neste sentido, confira o reajuste do salário mínimo nos últimos 6 anos:
- 2016: R$ 880 (Reajuste de 11,6%);
- 2017: R$ 937 (Reajuste de 6,48%);
- 2018: R$ 954 (Reajuste de 1,8%);
- 2019: R$ 998 (Reajuste de 4,6%);
- 2020: R$ 1.045 (Reajuste de 4,7%);
- 2021: R$ 1.100 (Reajuste de 5,2%);
- Projeção para 2022: R$ 1.210 (Reajuste de 10,04%).
Sem ganho real
É preciso entender que o valor da projeção referente ao piso para 2022, apenas atende o que é estipulado pela Constituição Federal, ou seja, acompanha o acumulado da inflação (10,04%).
Em razão disso, caso seja confirmado os R$ 1.210, o cidadão não perde o poder de compra, tampouco, tem um ganho real. A última vez que o salário mínimo sofreu um reajuste acima da inflação foi em 2018, ainda durante o governo de Michel Temer.
Impacto nos cofres públicos
Por fim, vale ressaltar que o aumento da correção do salário mínimo, eleva as despesas orçamentárias da União para 2022. A nova projeção deve custar cerca de R$ 14 bilhões aos cofres públicos.
Conforme a Equipe Econômica do governo, R$ 1 a mais no piso nacional, demanda cerca de R$ 355 milhões do orçamento do estado. É preciso entender que, o reajuste na base salarial do trabalhador, impacta outros diversos fatores, como valor pago em benefícios previdenciários e trabalhistas.
Confira alguns exemplos de benefícios governamentais que sofreram reajuste em seus valores:
- Aposentadorias;
- Benefício por incapacidade temporária (Auxílio-doença);
- Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas);
- Auxílio-acidente;
- Auxílio-reclusão;
- Abono PIS/Pasep;
- Seguro-desemprego;
- Entre outros.
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