O salário mínimo tem sido uma das grandes preocupações do trabalhador, isso porque nos últimos meses, devido a inflação, o mínimo não vem conseguindo manter todas as necessidades básicas do brasileiro.
O Governo Federal enviou no mês de agosto ao Congresso Nacional a proposta de Orçamento da União para 2023, que prevê o aumento do salário mínimo para o ano que vem. Segundo o texto, o valor do piso nacional em 2023 deverá ser no valor de R$ 1.302.
Foi considerado pelo governo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), um dos principais medidores da inflação no país. De acordo com o Ministério da Economia, o índice acumulado para 2022 teria uma alta de 7,41%.
Porém, o Ministério atualizou a projeção para o INPC, com base na projeção do Boletim Macrofiscal, divulgado pela Secretaria de Política Econômica, onde o indicador caiu de 7,41% para 6,4%.
Sendo confirmado esse índice, o valor do salário mínimo para 2023 deverá subir de R$ 1.212 para R$ 1.292.
Mínimo necessário
Enquanto o governo ainda não decidiu qual será o mínimo para o ano que vem, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), afirmou que o trabalhador deveria estar recebendo em 2022 algo em torno de R$ 6.298,91, valor necessário para garantir as necessidades básicas de uma família com quatro integrantes.
Segundo o Dieese, nessa quantia, estão inclusos gastos com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Como o salário mínimo é calculado?
O governo calcula o salário mínimo usando como base o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Desta forma, o reajuste tem como objetivo manter o poder de compra do cidadão.
Desde 2020, o salário mínimo tem sido corrigido apenas pela inflação do ano anterior. Por exemplo, em 2021, o mínimo subiu para 1.100 (reajuste de 5,26%) e não cobriu o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2020, que ficou em 5,45%. Para repor totalmente a inflação, o valor teria de ter sido reajustado para R$ 1.101,95.
O piso nacional serve como referência para 56,7 milhões de brasileiros, dos quais 24,2 milhões são segurados do INSS.
O mínimo é usado como referência de pagamento para quem trabalha com registro em carteira. Porém, benefícios pagos pelo governo também terão seus valores alterados após o reajuste do piso nacional:
- Benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);
- Teto do abono PIS e PASEP;
- Benefícios do Benefício de Prestação Continuada (BPC);
- Piso do seguro desemprego; entre outros.
Nos siga no
Participe do nosso grupo no
Nos siga no
Google News
Participe do nosso grupo no
WhatsApp