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Quando o DREX substituirá dinheiro “de verdade”; entenda

Nos últimos meses, muita gente tem se perguntado: “O DREX vai acabar com o dinheiro físico?”. Essa dúvida surgiu com a chegada do Real Digital, mas a verdade é que essa nova moeda digital do Banco Central não vai substituir as cédulas de papel. Mas então, para que ele serve? Como vai funcionar? E será que sua vida financeira vai mudar com essa novidade?

Calma! Vamos explicar tudo de forma simples e sem complicação. Mas antes, já adianto: o DREX não é uma criptomoeda como o Bitcoin, nem um substituto total do real. Ele vem para somar, trazendo novas formas de pagamento, mais segurança nas transações e possibilidades inovadoras para o mercado financeiro.

DREX: mais um meio de pagamento, não um substituto do dinheiro

Desde que o Banco Central começou a desenvolver o DREX, lá em 2020, a ideia nunca foi acabar com o dinheiro físico. Afinal, muitas pessoas ainda dependem das cédulas no dia a dia, seja para compras simples, seja por falta de acesso a meios digitais.

Mas isso não quer dizer que o DREX não vai impactar a forma como lidamos com dinheiro. Ele será mais uma opção dentro do sistema financeiro, trazendo novas funcionalidades para transações digitais. Ou seja, você não será obrigado a usá-lo, mas pode se beneficiar das facilidades que ele vai oferecer.

E se você está preocupado com privacidade, pode ficar tranquilo! Algumas fake news circulando nas redes sociais dizem que o DREX servirá para monitorar as movimentações financeiras das pessoas, mas essa informação foi desmentida pela Receita Federal. O Real Digital seguirá todas as leis de proteção de dados e sigilo bancário.

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Como o DREX vai funcionar na prática?

Diferente do dinheiro que a gente já conhece, o DREX não vai ser emitido em notas ou moedas, mas sim de forma digital, dentro de um sistema seguro do Banco Central.

Mas como isso vai funcionar na prática? Bom, o DREX terá dois tipos de uso:

  • Para grandes instituições financeiras: o Banco Central vai emitir DREX para liquidações entre bancos e outras instituições reguladas.
  • Para o público em geral: os bancos e instituições financeiras autorizadas vão oferecer DREX aos seus clientes para pagamentos digitais, contratos inteligentes e transações seguras.

Mas tem um detalhe importante: o DREX não será acessado diretamente pelo Banco Central. Para usá-lo, será preciso um intermediário, como um banco ou uma fintech autorizada. Assim, o dinheiro da sua conta bancária pode ser convertido em DREX e usado em transações digitais seguras.

O que muda para o consumidor?

Muita gente ainda tem dúvidas sobre os impactos do DREX no dia a dia. Mas, na prática, as mudanças vão trazer mais segurança e eficiência para as transações financeiras.

Por exemplo, imagine que você quer comprar um carro. Hoje, existe sempre aquela preocupação: “E se eu pagar e o vendedor não transferir a propriedade?”. Com o DREX, isso não será mais um problema, porque as transações acontecerão de forma simultânea através de contratos inteligentes. Isso significa que o dinheiro só será liberado quando a transferência do veículo for confirmada, evitando golpes e fraudes.

Além disso, o DREX poderá ser usado para facilitar negociações de bens e serviços digitais, trazer mais segurança para pagamentos e até mesmo reduzir custos operacionais do sistema financeiro.

O dinheiro físico vai acabar?

A resposta curta é não. Pelo menos não por enquanto. O Banco Central já deixou claro que o dinheiro em espécie vai continuar existindo e o DREX será apenas uma opção a mais para quem quiser aproveitar seus benefícios.

Mas uma coisa é certa: o futuro do dinheiro está cada vez mais digital. Assim como os cartões, o PIX e os pagamentos por aproximação revolucionaram a forma como lidamos com dinheiro, o DREX vem para somar e facilitar ainda mais a vida financeira dos brasileiros.

Então, se você ainda prefere pagar tudo no dinheiro vivo, não precisa se preocupar. Mas se gosta de inovação e quer mais segurança nas suas transações, o DREX pode ser uma excelente novidade!

Rodrigo Peronti

Rodrigo é jornalista com mais de 12 anos de experiência e atuou em grandes veículos de comunicação.

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