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Reajuste do salário mínimo indexado ao PIB deve ficar para o ano que vem

Nesta quinta-feira (19), o ministro do Trabalho e do Emprego, Luiz Marinho, se reuniu com centrais sindicais, representantes do comércio e entregadores de aplicativos. Na pauta, a valorização do salário mínimo. No encontro o ministro voltou a falar na valorização do piso nacional. No entanto, isso só deverá acontecer nos próximos anos.

O que criou essa polêmica em torno do salário mínimo foi o fato do atual governo não ter cumprido a promessa de reajustar o valor para R$ 1.320. Já as centrais sindicais querem aumento ainda maior, para R$ 1.342.

Segundo Marinho, o valor atual de R$ 1.302 ficará até o mês de maio deste ano. Mas deixou a entender que pode haver alteração de valor do piso ou não. Pelo jeito, tudo vai depender do avanço das discussões sobre o tema. O ministro formou três grupos de trabalho, com prazos de 30 a 45 dias, para elaborar a proposta de aumento.

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“Pelo que o ministro disse, vai se manter o valor aprovado no ano passado e aí começa essa discussão daqui para frente para essa política de valorização do salário mínimo para o futuro, os próximos anos”, disse Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, presente na reunião desta quinta-feira.

Luiz Marinho já foi ministro do Trabalho entre os anos de 2005 e 2007. Nessa época, implementou a valorização do salário indexada ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).

Os entregadores de aplicativos

Outro foco da discussão na reunião desta quinta-feira foram as medidas de proteção social para os entregadores de aplicativos.

O ministro aproveitou para falar sobre o trabalho dos entregadores de aplicativos e as empresas que contratam os serviços desses profissionais.

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“Não é possível que, no Brasil do século 21, alguém tenha que trabalhar mais 14 horas, 16 horas, para às vezes sequer levar o salário-mínimo para casa e ficar 6 ou 7 anos sem o reajuste das tarifas. Isso é inaceitável e o governo vai buscar trabalhar esse processo da construção da unidade, primeiro dos trabalhadores. E chamar as empresas para enquadrá- las para que respeitem esse trabalho [por aplicativo] e valorizem, acima de tudo, o valor do trabalho e a proteção social”, afirmou Marinho.

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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