Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Os noticiários foram tomados pela notícia do grande rombo da ordem de R$ 40 bilhões que ocorreu com a rede Lojas Americanas. Em seu comunicado, a holding alegou “inconsistências contábeis”. Isso provocou um alvoroço no mercado financeiro e trouxe incertezas quanto ao futuro da empresa.
Além disso, de acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), a dívida tributária sinalizada é de R$ 657 milhões. Ou seja, um valor que não é pouca coisa. Para não cair na Dívida Ativa, a empresa precisaria pagar em torno de R$ 131 milhões em relação ao valor devido, caso decidisse pagar a dívida diretamente à Receita Federal do Brasil (RFB), ainda no âmbito administrativo.
Leia também: Receita Federal prorroga para abril o envio de DCTFWeb
O leitor há de convir que as cifras são bem significativas. Um rombo desse tamanho leva a se questionar o papel da fiscalização. Os últimos quatro anos foram de estagnação no que diz respeito a orçamento, equipamentos e aparelhamento nos quais os agentes privados se abstém de suas obrigações tributárias e fiscais.
Ou seja, a não fiscalização do Estado na iniciativa privada pode gerar consequências devastadoras onde o infrator tem pouco risco e o coletivo fica com o prejuízo, ou “paga o pato”, como diz o ditado popular.
Todavia, a realidade é que a reduzida capacidade da Receita atuar em cima de grandes planejamentos e grandes fraudes segue atrelada à ausência de investimento na inteligência fiscal, equipamentos e pessoal.
O desmonte dos órgãos de fiscalização dificulta ou inviabiliza iniciativas do Fisco para auditar a regularidade das obrigações tributárias dessas empresas, constituindo, se for o caso, os créditos tributários para que a União não seja lesada em consequência do quadro de recuperação judicial e falência do grupo.
A falta de investimento no aparelhamento da Receita Federal faz com que o órgão fique bem longe de suas metas, que são o combate à sonegação, o combate à fraude fiscal, o combate à evasão e o combate aos atos ilícitos.
Há um longo caminho a percorrer para chegar perto do cenário ideal, todavia este fato ocorrido com a holding citada, alerta para o fato de que algo precisa ser feito urgentemente. Dessa forma, a Receita Federal se fortalece e restaura suas autoridades fiscais tributárias e, consequentemente, do próprio Estado.
Nos siga no
Participe do nosso grupo no
Os aposentados, pensionistas e outros beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já podem…
Muitos empreendedores encontram no Microempreendedor Individual (MEI) uma ótima alternativa para formalizar seus negócios, pagar…
Se você já foi Microempreendedor Individual (MEI) e precisou mudar de categoria empresarial, mas agora…
Ao iniciar ou gerenciar um negócio, a escolha do regime tributário pode parecer um labirinto,…
Se você é MEI, já se pegou pensando se realmente está pagando os impostos justos…
Pagar impostos faz parte do jogo quando se tem um negócio, mas ninguém gosta de…