Inovação é processo. Mais importante que ter ideias é saber organizá-las de modo que elas tragam valor para as empresas.
É com esses princípios que a ISO (Organização Internacional de Padronização) publicou a ISO 56002, de Gestão da Inovação.
Baseada em oito pilares – realização de valor, liderança com foco no futuro, direção estratégica, cultura colaborativa, gestão de insights, gestão de incertezas, adaptabilidade e resiliência e abordagem por processos -, essa norma já possui mais de 150 empresas certificadas em todo o mundo e pode ajudar as companhias brasileiras a inovar de forma periódica, sistemática e focada na geração de valor.
Para viabilizar a gestão da inovação nas empresas, são necessários alguns recursos:
Reunir, recrutar e reter os colaboradores envolvidos em projetos de inovação é fundamental.
As equipes devem ser multidisciplinares, buscando sempre agregar conhecimento e fomentar a troca de ideias de diferentes pontos de vista.
Tudo isso deverá deixar o projeto mais rico. Além disso, é preciso estabelecer incentivos apropriados para valorizar a equipe, incluindo incentivos financeiros, como recompensas e reconhecimento.
Não se inova de uma hora para a outra. Por isso, convém que as empresas estabeleçam uma abordagem de gestão de tempo para a implementação efetiva da ISO 56002. Pode ser destinada uma parcela do horário de trabalho para estudos, atividades e treinamentos de inovação.
É recomendável que a empresa estabeleça uma abordagem para a gestão do conhecimento.
Isso permitirá absorver o conhecimento interno e externo, facilitar seu acesso e reutilização e criar mecanismos apropriados para a análise das informações.
A norma ainda classifica como conhecimento coletivo aquele que é adquirido pelas pessoas que colaboraram, codificaram e compartilharam seu conhecimento tácito e implícito, que deve ser preservado pelas empresas.
Não há como inovar sem recursos destinados a esse fim. Para isso, a empresa deve considerar as oportunidades financeiras, riscos e restrições associadas às atividades da inovação, incluindo as implicações de não inovar.
Além disso, é importante definir de onde virão esses recursos: internamente, destinando parte do lucro, ou por financiamento externo, como subsídios à inovação (Lei do Bem) ou investimentos em startups.
A empresa precisará definir que recursos de infraestrutura física e virtual serão necessários à inovação.
Deverão ser analisados fatores como flexibilidade, relação custo-benefício, equipamentos, tecnologias, transporte e instalações, como laboratórios e espaços criativos. Tudo isso pode ser feito pela própria empresa ou com a colaboração de agentes externos, por parcerias ou serviços terceirizados.
Por fim, é possível perceber o quanto a inovação deve ser um esforço em conjunto nas empresas.
Os líderes precisam ter esse objetivo bem claro de modo que possam inspirar e engajar os demais colaboradores no processo.
Essa governança será fundamental para que as etapas sejam mais rápidas e eficientes, buscando demonstrar o valor em que aquela inovação resultará.
Hoje, a PALAS, que é pioneira na ISO de inovação no Brasil, possui 90 empresas interessadas em implementar a norma.
Com esse comprometimento em inovar, aumentam as perspectivas de que 2021 seja um ano mais positivo para o Brasil, com novos modelos de negócios, produtos e serviços aquecendo o mercado. É isso que a PALAS mais deseja!
Por Alexandre Pierro é sócio-fundador da PALAS e um dos únicos brasileiros a participar ativamente da formatação da ISO 56.002, de gestão da inovação.
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