Categories: DestaquesNews Yahoo

Reforma tributária começa a ser discutida

Sem alterar a estrutura da tributação brasileira que cobra mais impostos sobre o consumo do que sobre a renda, a nova proposta de reforma tributária patrocinada pelo governo Michel Temer será apresentada hoje na comissão especial da Câmara dos Deputados. Chamada apenas de “simplificação tributária” pelo próprio Planalto, o principal efeito da proposta é unificar tributos atuais e criar uma plataforma eletrônica de recolhimento de novo tributos, reduzindo custos burocráticos para as empresas e combatendo a sonegação.

Deu a louca na Ensino Contábil, cursos de 80 a 110 reais (Saiba Mais)

O relator da proposta, deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), entregará a minuta do projeto de criação do Imposto de Valor Agregado (IVA) seguindo o modelo clássico europeu, que ocupará o lugar de uma série de tributos cobrados na produção e no consumo. O novo imposto substituirá o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o PIS/Cofins, a Cide, o Salário Educação, o Imposto sobre Serviços (ISS) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) seria extinto.

O novo tributo seria recolhido pelos Estados, mas setores estratégicos teriam um IVA seletivo sob responsabilidade federal. Esse seria o caso do imposto cobrado nas áreas de energia elétrica, combustíveis e derivados, comunicação, minerais, transportes, cigarros, bebidas, veículos, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, pneus e autopeças.

A proposta também prevê que os impostos sobre os rendimentos – Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) – sejam fundidos em um único tributo. A tributação sobre propriedade e as contribuições para a Previdência não seriam alteradas.

“Ao simplificar o sistema, a arrecadação será preservada para a União, os Estados e os municípios, enquanto o setor produtivo será estimulado. Haverá um choque positivo para a atividade econômica e para o emprego que são o que impulsiona as receitas”, defende Hauly.

O relator prevê que o IVA para alimentos, remédios, exportações e máquinas e equipamentos seja zerado. Ainda assim, estima, a carga tributária geral da economia brasileira continuará nos atuais 35% do PIB. Segundo ele, é possível aprovar este ano a reforma e os 11 projetos de lei necessários para colocá-la de pé. “Há um consenso de que o País não pode continuar refém das receitas extraordinárias para fechar as contas todos os anos. Com a reforma, o PIB voltará a crescer”, completa.

Via Fenacon

Ricardo

Redação Jornal Contábil

Recent Posts

Como curar a ressaca? Confira 3 dicas comprovadas!

Existem muitos mitos sobre a ressaca, dezenas de fórmulas mágicas e explicações falsas surgem todos…

6 horas ago

Quando é o quinto dia útil do mês de março?

O quinto dia útil é o mais esperado pelos brasileiros, afinal, essa é data-limite para…

7 horas ago

FGTS: quem vai receber os pagamentos liberados em março?

Recentemente foi decretado a liberação de valores que não podiam ser sacados por conta da…

9 horas ago

INSS: veja quando os benefícios vão ser pagos após o Carnaval

Milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vão receber seus pagamentos essa…

11 horas ago

Imposto de Renda 2025: 5 dicas para fugir da Malha Fina

A Malha Fiscal, popularmente chamada de Malha Fina, é o maior medo de milhões de…

11 horas ago

Gastos do Carnaval pesaram no bolso? Saiba como encontrar as melhores opções de crédito

O Carnaval, com toda a sua alegria e exuberância, pode facilmente levar a gastos excessivos.…

14 horas ago