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Renegociar dívidas: O momento é agora!

por Jorge Roberto Wrigt
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Renegociar dívidas, uma frase que se tornou normal no vocabulário dos brasileiros nessa época de crise. Logo, o que vier para ajudar o cidadão a quitar seus débitos será bem-vindo.

Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), houve uma redução nas taxas de juros em operações de crédito para pessoas físicas no mês de outubro, sendo este o sétimo mês seguido de queda das taxas.

Essas reduções sucessivas são justificadas pela taxa Selic, que agora está em 2%, nível mais baixo da história. Sendo assim, este é o momento é ideal para quem tem dívidas pendentes, já que a queda nas taxas pode proporcionar condições mais atrativas para a renegociação.

A taxa da Selic ficando em 2% até terminar 2020, permitirá que os juros de modalidades de crédito bancário e imobiliário sejam reduzidos. Desta forma, a recomendação de especialistas é que, dependendo da linha de crédito, chegou a hora de renegociar os débitos.

Na horas de renegociar suas dívidas, existem duas opções:

Trocar as dívidas mais caras por outras que possuam taxas de juros acessíveis, ou fazer a portabilidade para outro banco cujas taxas cobradas sejam mais baixas.

“A orientação para os clientes liquidarem essas dívidas é buscar com o banco uma troca de dívida de uma linha de crédito mais cara, como cheque especial e cartão de crédito, para uma outra mais barata. Assim, vai estar dentro do que ele consegue pagar e quitar o débito”, recomenda o consultor financeiro Felipe Nogueira.

Ficou comum trocar estas modalidades pelo crédito consignado, que oferece condições de pagamento facilitadas.

Mas, o especialista faz uma recomendação na hora da portabilidade entre bancos. Segundo ele, você precisa estar atento as ofertas, escolhendo o banco que vai oferecer a melhor condição, ou seja, a mais vantajosa para quitar a dívida.

“É importante que os clientes entendam a natureza da dívida, se com a portabilidade vai valer a pena, mesmo com a manutenção e taxas dos bancos”, ressalta o especialista em finanças Alexandre Prado.

O especialista Felipe Nogueira diz como você deve proceder depois de quitar suas dívidas:

“Mais do que nunca, com este ano de pandemia, a gente tem visto o quanto é necessário de criar uma reserva e pensar em um planejamento ao longo do ano”.

Queda na taxa de juros

Em média, a redução na taxa de juros para pessoa física foi de 0,36% no mês. Em setembro, a taxa de juros foi de 5,56% ao mês (91,42% ao ano), e passou para 5,54% ao mês (90,99% ao ano) em outubro, sendo esta a menor taxa registrada desde agosto de 2013.

Acompanhe a redução na taxa de juros das principais linhas de crédito em setembro e outubro:

Cartão de crédito: Redução de 0,18%, passando de 11,03% ao mês (250,98% ao ano) em setembro para 11,01% ao mês (250,22% ao ano) em outubro;
Cheque especial: Redução de 0,29%, passando de 7,01% ao mês (125,47% ao ano) em setembro para 6,99% ao mês (124,97% ao ano) em outubro;
Empréstimo pessoal – bancos: Redução de 0,64%, passando de 3,14% ao mês (44,92% ao ano) em setembro para 3,12% ao mês (44,58% ao ano) em outubro;
Empréstimo pessoal – financeiras: Redução de 0,32%, passando de 6,18% ao mês (105,36% ao ano) em setembro para 6,16% ao mês (104,89% ao ano) em outubro.

Porém, se houver uma eventual piora no cenário econômico, e consequentemente maior risco de crédito e inadimplência, isso porque as taxas de juros podem voltar a crescer nos próximos meses. O melhor é fazer a renegociação das dívidas o quanto antes, aproveitando esse momento de juros baixos.

Edição por Jorge Roberto Wrigt – jornalista do Jornal Contábil

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