Negócios

Retomada ao trabalho: Como as empresas podem se preparar?

Ainda não há uma previsão para o fim do isolamento social e a volta para um “novo” normal no País, depois da crise causada pela Covid-19. O momento, agora, é de planejamento e preparação para a futura estabilização.

Para ajudar as empresas nesse processo, a Caravela Capital, fundo de venture capital com foco em startups tecnológicas early stage, tem realizado mentorias, em que seus fundadores dão dicas importantes para que os negócios estejam prontos para a retomada pós-pandemia.

Atenção ao caixa é fundamental, segundo os executivos. “É necessário criar um plano de contingência, cortar custos e aumentar o runway, porque ninguém sabe quando tudo isso vai passar”, afirma Lucas de Lima, cofundador da venture.

“Cada segmento tem suas especificidades e, dentro de cada segmento, cada empresa é única. Por isso, não temos uma regra, mas é preciso enxugar o máximo a operação.

Para as empresas em que as vendas não estão na mesma velocidade e frequência, por exemplo, vale a pena segurar gastos com marketing e publicidade, para que, depois, possa entrar com mais força.”

Para Lucas, ampliação de times que não sejam de extrema importância, contratação de ferramentas supérfluas (principalmente as que são cobradas em dólar) ou investimentos que não sejam urgentes devem esperar.

Outro cofundador da Caravela, Frederico Gesser, destaca a questão dos investimentos de fundos de capital nesse momento.

“Os investidores continuam ativos, mas estão mais seletivos e cautelosos, o que resulta em uma janela de liquidez menor. Isso pode fazer com que as empresas não consigam levantar capital ou vão levantar em condições não favoráveis, seja em montante ou valuation.

Por isso, é primordial cortar custos e aumentar a duração do caixa da empresa até que essa janela de liquidez se abra novamente.”

Foco na retenção do cliente é outro ponto importante em um período como esse. “Não é o momento, por exemplo, para as empresas desenvolverem um produto novo, porque isso demanda tempo e foco dos founders.

O foco agora é manter a base de cliente e controlar o churn (taxa de cancelamento do serviço)”, aconselha Frederico Guesser, cofundador da Caravela Capital.

“Também é importante observar os setores que estão mais ativos por causa da Covid-19, como telemedicina, e-commerce, delivery e avaliar se podem ser potenciais consumidores do seu produto ou serviço.”

Por Frederico Guesser Pereyra é formado em Administração pela FGV-SP. E Lucas de Lima é managing partner e cofundador da Caravela Capital.

Esther Vasconcelos

Estudante de nutrição e apaixonada por meios de comunicação, trabalhando atualmente como redatora no Jornal Contábil.

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