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Reumatismo: O diagnóstico precoce é a chave para o sucesso no tratamento

por Esther Vasconcelos
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A data de 30 de outubro é marcada pelo combate às doenças reumatológicas e muitas pessoas nem imaginam quantas patologias estão envolvidas na terminologia “reumatismo” e suas consequências. São mais de 120 doenças que têm em comum um desafio: diagnóstico precoce.

No caso da reumatologia, identificar os sintomas precocemente é tão importante, que impacta diretamente no prognóstico dessas doenças.

Grande parte das doenças reumáticas ocorrem por um mal funcionamento do sistema imunológico e atingem preferencialmente o tecido conjuntivo, que por sua vez está presente na grande maioria dos nossos órgãos e sistemas.

Assim, os sistemas mais comumente afetados são o osteoarticular, muscular, tegumentar (pele) mas pode também acometer os sistemas renal, gastro intestinal, pulmonar, cardiovascular e até o sistema nervoso central, podendo afetar órgãos vitais.

As mais conhecidas são: artrite reumatoide, artrite psoriática, espondilite anquilosante, osteoartrite (artrose) osteoporose, lúpus, vasculites, entre outras.

Apesar da reumatologia ter quebrado muitas barreiras, ainda existem mitos que dificultam a conscientização quanto ao diagnóstico precoce, como exemplo, imaginar que essas doenças, estão restritas a idosos, o que não é verdade.

A maioria dessas doenças tem início entre a 3a e 5a décadas de vida. Este é um dos motivos pelos quais muitas pessoas quando apresentam os primeiros sintomas, buscam pelo profissional errado, geralmente um ortopedista.

Da família pioneira na luta contra o reumatismo no país e médico na Clínica de Reumatologia Prof. Dr. Castor Jordão Cobra, o especialista Dr. Jayme Fogagnolo Cobra explica a importância da busca pelo profissional correto:

O diagnóstico precoce é a chave para o sucesso no tratamento. Quanto mais rápido colocamos a doença em remissão (um estagio no qual a doença fica inativa, quase “dormindo”) menos a chance de aparecimento de sequelas irreversíveis.

São essas sequelas que contribuem para o caráter de sofrimento crônico para esses doentes.

O tratamento precoce proporciona aos doentes uma qualidade de vida muito próxima ao normal, muitas vezes nem se percebe que a pessoa tem alguma doença.

Com enfermidades que podem afetar cerca de 20 milhões de brasileiros, de acordo com Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), e é a segunda maior causa de solicitações de auxílio doença e aposentadoria por invalidez (IBGE e Ministério da Previdência Social), desmistificar é necessário.

Portanto, separamos algumas informações que podem ajudar a identificar os sintomas e direcioná-lo para o profissional correto.

Qual médico é melhor procurar? Reumatologista ou ortopedista?

– Bateu, caiu, teve trauma, torção? Procure um ortopedista.

– Sintomas mais crônicos, inchaço nas juntas, dores constantes, vermelhidão, rigidez? Procure um reumatologista.

Quando procurar um reumatologista:

– Dor nas articulações;

– Inchaço nas juntas;

– Rigidez ao acordar;

– Manchas de tons escuros no rosto;

– Dificuldade de esticar os membros;

– Dificuldade de elevar o pescoço;

– Cansaço generalizado;

– Herança genética.

O que pode agravar o quadro?

– Diagnóstico tardio;

– Falta de tratamento;

– Depressão;

– Ansiedade;

– Sedentarismo;

– Má alimentação;

– Excesso de peso;

– Doenças associadas (principalmente no caso das patologias autoimunes).

Como manter a qualidade de vida?

– Fazer exercícios físicos;

– Manter a alimentação adequada;

– Fazer fisioterapia;

– Manter tratamento psicológico contínuo;

– Evitar doenças comumente adquiridas (gripe, resfriados, etc.);

– Manter a abordagem multidisciplinar;

– Mostrar a importância do suporte familiar.

Por Jayme Fogagnolo Cobra, Formado em medicina, com residência e mestrado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (1999).

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