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Depois de encerrar a sequência de altas da taxa básica de juros da economia brasileira para segurar o avanço da inflação, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) volta a se reunir nesta semana para definir o futuro da Selic.
Atualmente em 13,75% ao ano, a taxa de juros deve ser mantida no maior patamar desde o início de 2017, conforme percepção de analistas do mercado financeiro e sinalização do próprio Copom na ata do último encontro do grupo.
Para Fabio Louzada, economista fundador da plataforma Eu Me Banco, o alívio recente da inflação é temporário. Com o temor de recessão global, ele considera que o Banco Central não vai arriscar baixar os juros para ter que subir novamente, caso necessário.
“Pode ser que, com o governo injetando dinheiro na população por meio de benefícios sociais, como o aumento do Auxílio Brasil, vejamos os efeitos disso na inflação no começo do ano que vem. Então, acredito que o BC manterá a taxa atual de juros em 13,75%, não só nessa reunião como também nos próximos meses”, afirma Louzada.
Com o fim do ciclo de altas dos juros, o BC projeta a manutenção da Selic nesse patamar por “período suficientemente prolongado” para alcançar a convergência da inflação para a meta. A autoridade monetária, no entanto, avisa que pode voltar a subir os juros sem a desaceleração esperada da inflação.
Nesta terça (25), o presidente do BC, Roberto Oliveira Campos, e os oito diretores da autoridade monetária realizam apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas da economia e o comportamento do mercado financeiro.
A primeira sessão dos encontros do Copom, voltada para a análise de cenários e conjuntura, será feita na manhã e na tarde desta terça-feira (25) e também na manhã desta quarta-feira (26).
Amanhã, o comitê projeta as possibilidades e define o novo nível da taxa Selic. A decisão a respeito dos novos juros será anunciada após as 18h30 e ficará vigente por ao menos 45 dias, quando os diretores do BC voltam a se encontrar para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.
A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.
Em linhas gerais, a Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.
A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, perto da meta estabelecida pelo governo. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam alternativas de investimento.
Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.
Com Parceiro R7
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