Saiba o que muda com o boleto com registro

O boleto sem registro da forma como conhecemos está deixando de existir, de forma gradual. Quem emitia boletos nesta modalidade teve de migrar para a carteira registrada no final de 2016. Aliás, desde junho de 2015 os bancos não oferecem mais a cobrança sem registro para novos clientes.

Quais os principais impactos do fim do boleto sem registro? O principal impacto é que, agora, os boletos poderão ser pagos em qualquer banco, mesmo após vencido (a partir de março/2017).

Um dos grandes motivadores do projeto foram as fraudes, que deram muito prejuízo aos bancos e trouxeram dor de cabeça para empresas e consumidores. As fraudes de boleto consistem basicamente em alterar o código de barras – isto é feito através de um vírus instalado no computador de quem vai pagar o boleto.

A Febraban alega também que a nova plataforma trará mais segurança e controle ao meio de pagamento de boletos – o comprovante, por exemplo, trará detalhes como juros, multas, descontos e informações do beneficiário e pagador.

A mudança para a nova plataforma será feita em ondas, no decorrer de 2017. A partir de março, por exemplo, cobranças superiores a R$ 50 mil passarão a ser validadas e poderão ser pagar em qualquer banco (ver tabela abaixo).

Outro ponto é que agora CNPJ/CPF serão obrigatórios nas informações do boleto. Se você não tem estes dados, é bom já correr atrás e não deixar para a última hora.

Faixa de valores e início da validação dos boletos com registro

  • > = R$ 50.000 – 13.03.2017

  • R$ 49.999,99 – 2.000,00 – 08.05.2017

  • R$ 1.999,99 – 1.000,00 – 12.07.2017

  • R$ 999,99 – 500,00 – 17.09.2017

  • R$ 499,99 – 200,00 – 21.10.2017

  • < = R$ 199,99 – 15.12.2017

Mais custo e burocracia

Se você trabalha com os grandes bancos, uma coisa é certa: os custos vão aumentar. As instituições bancárias cobram mais pelas carteiras com registro – e isso não deve mudar, pelo menos não tão depressa.

Só para se ter uma ideia, na modalidade com registro, os bancos em geral cobram diversas taxas, não só a de liquidação (caso dos boletos sem registro). Entre as taxas estão emissão, permanência, baixa, alteração de dados e protesto.

É preciso enviar ao banco um arquivo de remessa, que contém as informações destes boletos – dados do sacado (pagador), valores, descrição, juros e multa etc. Os sistemas de gestão estão preparados para esta realidade – mas, se você está acostumado com o boleto sem registro, será uma rotina a mais a ser feito.

A solução é negociar muito bem com seu gerente ou procurar alternativas no mercado, como o Superlógica Assinaturas, sistema para gestão de pagamentos recorrentes, que já traz integrado uma solução de pagamento com taxa em geral inferior às praticadas pelos bancos. O grande ganho é ter todo o processo 100% automatizado, desde a remessa até o processamento do retorno.

Vale a pena usar cartão de crédito?

A população brasileira vem se acostumando cada vez mais a pagar não só compras como também serviços recorrentes no cartão de crédito. Quer exemplos? TV a cabo, Netflix, Spotify, academia de ginástica, cursos (online e presenciais), entre outros. É algo irreversível.

Mas afinal, o que é melhor – boleto ou cartão? A resposta é: depende. Depende do quê? Do ticket médio e do perfil dos seus clientes, principalmente. Se você tem um ticket alto, talvez o custo do cartão seja alto demais. Mas se sua empresa trabalha com ticket baixo, talvez só oferecer cartão de crédito seja o mais indicado.

Carlos Eduardo Moura, empreendedor e Chief Growth Officer do Superlógica.

Ricardo

Redação Jornal Contábil

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