Secretário dá ótima notícia para os brasileiros que querem comprar “alguma coisa”; entenda

Se você está esperando uma boa notícia para o bolso, aqui está: o poder de compra dos brasileiros pode aumentar em 10% nos próximos 15 anos. Mas como isso será possível? Segundo Bernard Appy, Secretário Extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, essa mudança será impulsionada pela nova legislação tributária. Mas antes de sair comemorando, é preciso entender como isso vai funcionar na prática.

Como a Reforma Tributária pode aumentar o poder de comprar bens e serviços?

A ideia central da reforma é simplificar o sistema tributário, que, convenhamos, é uma verdadeira bagunça. Mas não basta só simplificar, também é preciso garantir que os impactos sejam positivos para a economia. E é aí que entra o modelo do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), já utilizado em diversos países, e que agora será adotado no Brasil.

A nova estrutura substitui impostos cumulativos por dois tributos principais: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Mas o que isso muda na prática? A promessa é que a eliminação da cumulatividade reduza distorções no mercado e traga mais transparência na cobrança dos impostos. Ou seja, menos “efeito cascata” nos preços, o que pode resultar em produtos e serviços mais acessíveis no longo prazo.

Mas o aumento no poder de comprar será imediato?

Infelizmente, não. Como toda grande mudança, a reforma terá um período de transição longo, que vai até 2033. Mas isso não significa que os efeitos positivos demorem tanto para aparecer. À medida que o novo sistema entrar em vigor e as empresas se adaptarem, a expectativa é de que a economia comece a sentir os benefícios.

Segundo Appy, a simplificação tributária tornará as empresas mais eficientes e reduzirá a sonegação, permitindo que a arrecadação se torne mais justa. Mas a grande aposta é que, com um sistema mais equilibrado, o crescimento econômico seja impulsionado. E quando a economia cresce, os salários acompanham, e o consumidor sente o impacto positivo no bolso.

Mas como isso afeta o dia a dia do brasileiro?

Se tudo correr conforme o esperado, a longo prazo, os preços tendem a cair, já que a carga tributária sobre o poder de comprar será mais justa e equilibrada. Mas claro, isso não acontece da noite para o dia. O modelo prevê uma transição para que as empresas possam se ajustar e, com isso, o mercado absorva as mudanças de forma menos brusca.

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Outro ponto importante é que a reforma pode tornar o Brasil mais competitivo no cenário global. Mas como? Com um sistema tributário menos burocrático e mais eficiente, empresas estrangeiras podem enxergar o país como um local mais atrativo para investimentos. E mais investimentos significam mais empregos e mais dinheiro circulando na economia.

E os mais pobres, serão beneficiados?

Sim, e esse é um dos grandes diferenciais dessa reforma. A ideia não é apenas simplificar, mas também tornar o sistema mais justo. A previsão é de que a nova estrutura reduza desigualdades regionais e sociais, equilibrando melhor a arrecadação entre os estados e municípios. Além disso, o governo promete mecanismos para garantir que as classes mais baixas não sejam prejudicadas.

Outro ponto defendido por Appy é que a redução de custos para as empresas pode se refletir diretamente nos preços ao consumidor, ou seja, no poder de comprar. Mas será que as empresas realmente repassarão essas economias para os produtos? Isso vai depender da estrutura de mercado de cada setor, mas a lógica é que, com a redução da carga tributária sobre a produção, o preço final acabe sendo ajustado para baixo.

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Mas a reforma resolve todos os problemas do Brasil?

Definitivamente, não. Como o próprio secretário destacou, a reforma tributária não é uma solução mágica, mas sim um passo importante para tornar o sistema mais eficiente e justo. Outros desafios econômicos ainda precisarão ser enfrentados para que o país alcance um crescimento sustentável.

Mas uma coisa é certa: com um sistema tributário mais transparente e menos burocrático, as chances de um Brasil mais competitivo e com maior poder de compra para seus cidadãos aumentam significativamente. E se a previsão de Appy estiver correta, daqui a 15 anos, os brasileiros poderão sentir no bolso o impacto positivo dessa mudança.

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Agora resta a pergunta: será que o novo sistema tributário cumprirá todas essas promessas? O tempo dirá, mas pelo menos já há um motivo para otimismo no horizonte.

Rodrigo Peronti

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