Política

Senado aprova PL que garante igualdade salarial entre homens e mulheres

O projeto que assegura igualdade salarial entre homens e mulheres em situações de trabalho igual ou desempenho da mesma função foi aprovado pelo Senado na quinta-feira (1º), por meio de uma votação simbólica, sem contagem de votos.

Agora o projeto seguirá para a sanção do presidente Lula. O texto foi protocolado pelo governo em março.

Durante as eleições do ano passado, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva manifestou sua intenção de apresentar o projeto ao Congresso caso fosse eleito.

Projeto de lei 1085 de 2023

O projeto de lei 1085 de 2023 estabelece uma série de medidas para garantir que homens e mulheres desempenhando a mesma função em uma empresa recebam salários e critérios remuneratórios equivalentes.

O texto propõe uma maior fiscalização e transparência sobre o assunto, incluindo a criação de canais específicos para denúncias e a implementação de programas voltados à inclusão no ambiente de trabalho.

Empresas que praticarem discriminação com base no sexo, raça, etnia, origem ou idade estarão sujeitas a multas de até 10 vezes o salário mais alto de seus funcionários, e essa penalidade pode ser dobrada em caso de reincidência.

A senadora Zenaide Maia, do PSD do Rio Grande do Norte, relatora da proposta na Comissão de Direitos Humanos, destacou que, embora a Consolidação das Leis do Trabalho já preveja salários iguais para homens e mulheres, a realidade muitas vezes é diferente disso.

Diferença salarial entre homens e mulheres

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a diferença de remuneração entre homens e mulheres no Brasil, que estava em queda até 2020, voltou a aumentar e atingiu 22% no final de 2022.

Isso indica que, em média, as mulheres brasileiras recebem cerca de 78% do salário dos homens. Essa disparidade salarial evidencia a persistência das desigualdades de gênero no mercado de trabalho.

Imagem: Freepik

É importante destacar que, apesar das mulheres trabalharem, em média, três horas por semana a mais do que os homens, ao combinar trabalhos remunerados, afazeres domésticos e cuidados de pessoas, elas ainda enfrentam disparidades salariais.

Além da diferença salarial, outros fatores como a segregação ocupacional e a discriminação de gênero no mercado de trabalho podem influenciar na disparidade de rendimentos entre homens e mulheres.

Leia Também: Desigualdade Salarial Entre Gêneros É Um Problema Que Persiste No Brasil!

A segregação ocupacional refere-se à tendência de homens e mulheres ocuparem setores e profissões diferentes, sendo que algumas áreas são historicamente dominadas por um gênero.

Isso pode resultar em diferenças salariais, já que determinadas ocupações têm remunerações mais elevadas em comparação com outras.

Esther Vasconcelos

Estudante de nutrição e apaixonada por meios de comunicação, trabalhando atualmente como redatora no Jornal Contábil.

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