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Síndrome de Burnout e o profissional de contabilidade

Todo líder sonha com uma equipe engajada e produtiva, que entregue os resultados esperados e contribua efetivamente para o crescimento da empresa. Nesse sentido, o setor contábil tem um forte e delicado relacionamento com prazos, obrigações e serviços essenciais para o funcionamento dos negócios.

Essa sobrecarga de trabalho pode fazer com que o profissional contábil adquira ou agrave a Síndrome do Burnout. Afinal, a rotina laboral influencia tanto o surgimento quanto o desenvolvimento dessa enfermidade. 

Nesse contexto, atividades técnicas, como a dos profissionais contábeis, estão ainda mais expostas a distúrbios psíquicos e suas consequências.

Como o profissional contábil pode lidar com essa doença e conciliar com o trabalho? Vejamos a seguir.

O que é a Síndrome de Burnout?

Conforme mencionamos, a Síndrome de Burnout se caracteriza pelo surgimento de esgotamento físico e emocional causados pelo excesso de trabalho, trazendo grandes danos à vida profissional e pessoal do trabalhador. 

Dentre os principais sintomas estão:

  • Distanciamento afetivo;
  • Isolamento social;
  • Fadiga;
  • Queixas de dor da cabeça;
  • Dificuldades de concentração;
  • Perda de rendimento;
  • Faltas frequentes ao trabalho;
  • Irritabilidade.

Burnout e o profissional contábil

Quer ver como a doença tem uma forte ligação com essa profissão?  Vamos lá: Você se planeja para parar às 18h, no entanto quando percebe, vira toda a madrugada debruçado em números ou relatórios. 

Outro indicador para ficar alerta, é quando o contador ou empresário contábil passa a sacrificar outras obrigações como família, amigos, viagens, lazer e até atividades físicas para continuar trabalhando. 

Os profissionais da área Contábil acabam se sacrificando muito com o trabalho e, várias vezes, esquecem dos momentos de descontração e relaxamento. É como se a mente estivesse alerta o tempo todo, fazendo com que se sintam exaustos.

Escritórios de contabilidade e auditoria também são locais onde ocorrem muitos casos. Isso porque está ligado ao fato de que são ambientes que exigem bastante destes profissionais os tornando  exageradamente perfeccionistas.

A cobrança excessiva de si mesmo, por superiores, clientes e mudanças constantes na legislação Brasileira acaba refletindo de forma negativa na vida pessoal e profissional. Tudo isso contribui para desenvolver a Síndrome do Burnout. 

Se você está neste ramo e se identificou com o texto acima, acenda o sinal de alerta e procure mudar seus hábitos antes que a situação piore. No caso de já ter um quadro mais agravado da enfermidade, acompanhe a seguir o que fazer para mudar.

Ações que o empregador pode tomar

Ao reconhecer a presença do Burnout é fundamental oferecer ajuda para superar essa dificuldade. Nesse sentido, algumas ações podem ser tomadas como:

  • Promover melhorias na rotina dos trabalhos, como, por exemplo, flexibilizando prazos para processos internos;
  • Fazer com que o funcionário em questão sinta-se valorizado e à vontade para cuidar de si mesmo;
  • Conversar com as pessoas e demonstrar atenção genuína;
  • Oferecer ajuda médica: quando o grau da síndrome está elevado, o mais indicado é encaminhar o funcionário para acompanhamento médico.

Lembre-se, o Burnout na empresa contábil também pode se manifestar nos gestores da alta administração. Além de todas as transformações e desafios vivenciados pelo setor, o perfil profissional pode colaborar para a doença. 

Contadores muito próximos do negócio, tidos como workaholics (viciados em trabalho) são os mais propensos.

Burnout como doença ocupacional

A Síndrome de Burnout passou a ser considerada doença ocupacional em 1º de janeiro deste ano, após a sua inclusão na Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Na prática, significa que estão previstos os mesmos direitos trabalhistas e previdenciários assegurados para as demais doenças relacionadas ao emprego. E, nos casos mais graves, o trabalhador tem direito a aposentadoria por invalidez.

Portanto, o profissional contábil está garantido pela lei e pode pedir um afastamento do ambiente de trabalho para tratamento.

Como o profissional pode tratar esse distúrbio?

Para o colaborador, o recomendado é dedicar mais tempo para lazer e descanso e não sacrificar momentos com a família e amigos. A prática de exercícios físicos também é indicada para reduzir as possibilidades de sofrer Burnout.

A mente é essencial para os trabalhos contábeis. Assim, os especialistas recomendam ainda que os profissionais adotem práticas prazerosas: assistir a filmes, leitura de livros, afastar-se um pouco das redes sociais e até mesmo uma 

pequena caminhada pelas ruas do bairro.

E, se for o líder, deve amadurecer humanamente e observar melhor os seus colaboradores. Saiba identificar se as suas forças de trabalho parecem mais esgotadas do que energizadas ultimamente.

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Ana Luzia Rodrigues

Jornalista há 30 anos já atuou nas redações de jornais de Teresópolis como reporter, editora , diagramadora. Fez vários textos jornalísticos para o evento Rio 92 e atualmente está atuando no jornalismo digital integrando a equipe do Jornal Contábil.

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