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STF proíbe venda de remédios para emagrecer

O STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou nesta quinta-feira (14), a lei que permitia a produção, comercialização e consumo de quatro medicamentos para emagrecimento, conhecidos como sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol que estavam autorizados por uma artigo da lei 13.454 de 2017. Foram 7 votos a favor da proibição contra 3 votos a favor da liberação.

A ação julgada pelo STF foi apresentada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), que se mostrou contra a comercialização e consumo, sob prescrição médica de medicamentos “para emagrecer”.

A preocupação da CNTS está nos efeitos colaterais que esses medicamentos podem provocar, inclusive criando uma dependência que é um risco de hipertensão arterial.

Já outras entidades são a favor dos medicamentos como o Conselho Federal de Medicina e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, para elas, os remédios são importantes para o controle da obesidade em pacientes de risco.

O julgamento do caso teve início na quarta-feira (13), quando o relator o ministro Nunes Marques, foi parcialmente a favor da ação, porém foi excluída a interpretação de que a Anvisa estaria impedida, mesmo sabendo que os medicamentos causam mais riscos que benefícios, a recomendar a suspensão ou restrição dos medicamentos.

Na quarta-feira, o ministro Luís Roberto Barroso, votou com o relator, considerando a ação improcedente e a lei constitucional. Alexandre de Moraes também votou a favor da lei.

Por outro lado, o ministro Edson Fachin posicionou-se contra a produção e comercialização dos medicamentos. Ele afirmou que a lei “em momento algum tratou da necessidade do registro desses medicamentos ou dessas respectivas substâncias”.

Os ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, Gilmar Mendes e Luiz Fux seguiram o voto de Fachin.

Desta forma, o STF declarou inconstitucional a lei de 2017 que liberava a produção, comercialização e produção de remédios para emagrecer à base de substâncias como sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol, que podem gerar dependência.

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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