Será que, finalmente, a revisão da vida toda do INSS pode ganhar um desfecho? O texto voltou para ser julgado pelo STF - arquovo/ CanvaPro.
O Supremo Tribunal Federal (STF) está de volta a um dos temas mais polêmicos para os aposentados brasileiros: a revisão da vida toda do INSS. Mas o que está em jogo agora? O julgamento, que começa nesta sexta-feira (14), pode definir de vez a possibilidade de recálculo das aposentadorias levando em consideração todas as contribuições feitas ao longo da vida do trabalhador.
Mas, como tudo no universo jurídico, a história tem camadas e desdobramentos que precisam ser bem entendidos.
A discussão volta à pauta porque a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) entrou com um recurso questionando a decisão do STF de 2023, que derrubou o direito à revisão da vida toda. O pedido da entidade é que, pelo menos, sejam preservados os direitos dos aposentados que entraram com a ação antes do dia 21 de março de 2024, data em que a Corte decidiu que a revisão não seria mais permitida.
Mas nem tudo são flores para os aposentados. A Advocacia-Geral da União (AGU) já se manifestou contra o recurso, argumentando que não há ilegalidade na decisão do STF e que reverter esse posicionamento impactaria significativamente os cofres públicos.
Se você perdeu os capítulos anteriores dessa novela, aqui vai um resumo rápido: em 2022, o STF havia decidido que os aposentados tinham direito de optar pela regra mais favorável para o cálculo de suas aposentadorias, o que poderia aumentar o valor do benefício. A regra que estava em vigor desde a Reforma da Previdência de 1999 desconsiderava as contribuições feitas antes de julho de 1994, quando foi implementado o Plano Real.
Ou seja, muita gente que havia contribuído bastante antes desse período poderia ter um aumento significativo no benefício se todas as suas contribuições fossem levadas em conta. Mas, em 2023, o STF voltou atrás e, por 7 votos a 4, decidiu que os aposentados não poderiam mais escolher a regra mais vantajosa.
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Mas e agora? O julgamento desta sexta-feira pode mudar alguma coisa? Sim e não. A expectativa é que o STF apenas esclareça pontos da decisão de 2023, mas dificilmente reverta sua posição. O que pode acontecer é a criação de uma exceção para quem já tinha ingressado na Justiça antes de 21 de março de 2024.
Se o STF der razão à CNTM, esses aposentados ainda poderão tentar aumentar seus benefícios. Mas se a decisão for contrária, nem mesmo eles poderão mais recorrer a essa revisão.
A discussão não é só jurídica, mas também econômica. O INSS argumenta que a revisão da vida toda poderia trazer um impacto bilionário aos cofres públicos, comprometendo ainda mais um sistema previdenciário que já enfrenta desafios financeiros.
Por outro lado, os defensores da revisão afirmam que não se trata de um privilégio, mas sim de garantir um direito justo aos aposentados que contribuíram durante toda a vida e poderiam estar recebendo um benefício maior.
O julgamento acontece no plenário virtual do STF e está previsto para terminar no dia 21 deste mês. Até lá, cada ministro votará eletronicamente e poderão surgir pedidos de destaque ou vista, o que pode adiar ainda mais a decisão final.
Enquanto isso, os aposentados aguardam ansiosamente um desfecho, mas a realidade é que as chances de uma reviravolta são pequenas. O mais provável é que o STF apenas defina se aqueles que entraram com a ação antes da mudança de entendimento ainda podem ser beneficiados.
O que fica claro é que a revisão da vida toda foi um capítulo importante na história da Previdência Social brasileira, mas pode estar chegando ao fim. Agora, resta aguardar o veredicto final e ver se, pelo menos, uma parte dos aposentados conseguirá manter o direito ao recálculo.
Por enquanto, a recomendação para quem tem processos em andamento é acompanhar o julgamento de perto e, se necessário, buscar orientação jurídica especializada para entender os próximos passos.
E você, o que acha dessa mudança de entendimento do STF? Acompanhe as atualizações e fique por dentro dos desdobramentos dessa decisão que impacta milhares de aposentados pelo país.
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