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Surgimento de CBDCs impulsiona mercado de moedas digitais

A digitalização do dinheiro não se resume apenas às transferências proporcionadas por aplicativos no celular. Na verdade, a própria cédula de papel, da forma como a conhecemos hoje e que serve para pagar aquele cafezinho na padaria, também está prestes a migrar para o ambiente digital.

Bancos centrais de todo o mundo, inclusive do Brasil, já estão implementando projetos de moedas digitais ou devem fazer isso em um futuro próximo.

A entrada desse órgão no universo dos ativos digitais representa uma etapa a mais de aceitação e popularização desse modelo na sociedade. Não se trata mais de saber se a forma de pagamento irá fazer parte do nosso dia a dia, mas como será integrada.  

As moedas digitais emitidas por bancos centrais têm uma sigla própria: CBDC (central bank digital currency).

Um levantamento realizado pela Bison Trails, startup em blockchain, mostra que oito em cada dez bancos centrais em todo o mundo já demonstraram algum interesse no desenvolvimento de suas moedas digitais. É o caso, por exemplo, do Brasil, que já lançou diretrizes para a criação do “Real Digital”.

A Suíça e a França estão um passo à frente, já realizando testes em seus territórios. Já a Suécia encerrou a primeira fase de testes e espera deixar sua moeda totalmente digital até 2026.  

Ver a movimentação de entidades oficiais em torno da moeda digital mostra uma mudança de paradigma importante em torno desse assunto.

Não faz tanto tempo assim que a modalidade era vista com receio por investidores e poder público. O surgimento das CBDCs vai impulsionar o segmento que já estava em alta, acelerando possíveis regulações para o universo cripto e trazendo diversos benefícios a todos os atores envolvidos.

No caso do Real Digital, a utilização do blockchain e de outras tecnologias tende a trazer mais segurança, agilidade, controle e possibilidades a empresas, bancos, corretoras, pessoas e poder público.  

Chega a ser paradoxal falar em regulação para criptoativos – afinal, a principal característica deles é justamente a descentralização.  

Contudo, regulamentações genéricas de todo o setor sempre, de alguma forma, se fazem necessárias. Nesse caso, não se trata de interferir no funcionamento das moedas digitais, mas de proporcionar mais segurança e proteção às companhias e aos usuários.

Trata-se de uma medida que rege a sociedade com padrões e regras. Portanto, serve para eliminar projetos que não estejam adequados e que representem risco aos usuários, além de chancelar iniciativas realmente inovadoras, ajudando a tornar o tema mais comum a todos.  

Até porque há espaço para todos os tipos de moedas digitais. O “Real Digital” não vai tomar o lugar do bitcoin ou de utility tokens. Nem é esse o seu objetivo! As moedas fiduciárias, também chamadas de Fiat, terão ganhos exponenciais pela inserção de tecnologia do início ao fim do processo, ou seja, da sua criação à sua utilização.

Porém, continuarão sendo moedas tradicionais do ponto de vista institucional. As criptomoedas mais tradicionais, por sua vez, incorporam outras funcionalidades que vão além do valor mobiliário.

É possível carregar diferentes tipos de informações na “corrente de blocos”, além, é claro, do valor de mercado nas cotações. A coexistência será realidade, ainda mais com a devida regulamentação para deixar o assunto em evidência para a população.  

As moedas digitais foram criadas e se popularizaram justamente para facilitar a vida das pessoas. Com elas, o risco de roubo é reduzido ao mesmo tempo que transações são realizadas rapidamente por um simples aplicativo. A preocupação deu lugar à aceitação.

Quando o próprio Banco Central, uma das principais entidades do Sistema Financeiro Nacional, busca criar a própria moeda digital, é sinal de que a chave virou faz tempo.

Cabe às empresas e aos consumidores se adaptarem à digitalização do dinheiro e aproveitarem todas as vantagens que isso tem a oferecer.  

Por: Cássio Rosas, Diretor de Novos Negócios e Estratégia da Wiboo, plataforma com utility token que promove um programa de fidelização entre varejistas e consumidores por meio de moedas digitais.  

Sobre a Wiboo Company 

Criada inicialmente como um social commerce focado em programas de fidelidade, a startup Wiboo é uma plataforma de engajamento online que usa como base uma moeda digital (utility token) para divulgação de campanhas das empresas – anunciantes. Ela utiliza a estratégia de member-get-member, transformando usuários comuns em microinfluenciadores nas redes sociais, WhatsApp e Telegram para aquisição de novos consumidores, com uma proposta de redução de CAC e CPC em relação às mídias digitais existentes. A proposta é atuar como uberização da mídia com a segurança do blockchain. A Wiboo, além das plataformas, é criadora do WiBX, primeiro utility token do país negociado na exchange Mercado Bitcoin.  

Gabriel Dau

Estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, atualmente trabalha como Redator do Jornal Contábil sendo responsável pela elaboração e desenvolvimento de conteúdos.

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