Claudio Soutto*
A Tecnologia da Informação está se tornando cada vez mais influente nos negócios para empresas que atuam em todos os setores da economia. Além disso, os CIOs estão ampliando a presença na direção estratégica das organizações, arquitetando modelos operacionais digitais contínuos e monitorando a conquista de metas estratégicas.
Os resultados financeiros das empresas líderes comprovam que o modelo de negócio vencedor na era digital é, cada vez mais, uma frente totalmente integrada, com empresas conectadas totalmente focadas nos clientes. O desafio, agora, é executar as próximas ações na velocidade e escala que o mercado exige.
Pesquisa da IDC revela que, até 2022, 80% do crescimento de receita das empresas dependerá de ofertas e operações digitais, o que significa que o futuro está relacionado à maneira com que as organizações fornecem serviços de tecnologia, respondem a problemas e gerenciam expectativas. Outro dado relevante é que organizações centradas nos clientes são 38% mais propensas a reportar maior lucratividade se compradas com aquelas que não atuam assim.
Importante destacar que o futuro será hiperconectado. Assim, os diferenciais empresariais estarão em garantir uma abordagem holística para a transformação digital, ampliando o poder da tecnologia em toda a cadeia de valor. Por outro lado, infraestrutura digital fragmentada e falta de alinhamento operacional impacta a capacidade das organizações fornecerem experiências melhores aos clientes e impulsionarem os negócios.
As organizações devem fazer essa transformação com as seguintes etapas: reconhecendo o poder da empresa conectada; compreendendo os produtos disponíveis no mercado; priorizando uma mudança cultural sobre investimentos técnicos; pensando além da capacidade tradicional de modelos de TI; evoluindo na governança e na gestão de riscos; integrando o C-Level.
Para projetar soluções alinhadas com a velocidade solicitada pelo mercado, é importante considerar modelos com: estratégia e arquitetura; entrega digital; parcerias de negócios e inovação; gestão de talentos. Além disso, recomenda-se a incorporação dos seguintes elementos-chave: flexibilidade, escalabilidade e abordagem humana.
O desempenho que as empresas entregam a seus clientes depende da ausência de atrito tecnológico, o que faz com que o futuro da TI esteja interligado com o conceito da empresa conectada. Empresas de todos os setores precisam, cada vez mais, mitigar riscos operacionais e antecipar tendências de mercado para implementarem transições estruturais. Somente assim as líderes do setor serão protagonistas na jornada de transformação digital, ampliado vantagens competitivas e alavancando seus negócios.
*Claudio Soutto é sócio-líder de Consultoria em Tecnologia da Informação da KPMG no Brasil.
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