Tesou Nacional fala em frear a economia; o que isso quer dizer / Imagem freepik
Quando o Tesouro Nacional diz que é preciso frear a economia, muita gente já começa a se perguntar: “Mas o que isso significa na prática?” Ou pior: “Isso vai afetar o meu bolso?” A resposta curta é sim, mas calma! Vamos entender melhor esse cenário e o que está por trás dessa declaração.
O principal motivo para essa freada na economia é a inflação. Em 2024, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 4,83%, acima da meta de 3%, mas dentro do limite de tolerância de 4,5%. O problema é que essa alta nos preços acendeu um alerta no governo. Se nada for feito, o poder de compra dos brasileiros pode diminuir ainda mais em 2025.
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, desacelerar a economia é uma estratégia essencial para conter a inflação e evitar que ela saia do controle. Parece contraditório, mas reduzir o ritmo de crescimento pode ser justamente o que evita um aumento ainda maior dos preços.
Para entender melhor, vamos imaginar a economia como um carro. Se ele está acelerado demais e perde o controle, pode bater. O mesmo acontece com a inflação: se o consumo e os preços sobem sem controle, o resultado pode ser desastroso para o mercado e para o bolso dos brasileiros.
Uma das ferramentas para reduzir esse ritmo é aumentar a taxa de juros, a famosa Selic. Quando os juros sobem, os financiamentos ficam mais caros, as pessoas compram menos e as empresas investem com mais cautela. Isso reduz a demanda por produtos e serviços e, consequentemente, ajuda a controlar a inflação.
Atualmente, a taxa Selic está em um patamar alto, o que significa que:
Tudo isso ajuda a conter a inflação, mas também pode gerar alguns efeitos colaterais, como o freio no crescimento econômico e o aumento do desemprego.
A grande questão para 2025 é equilibrar essa equação complicada. O governo precisa controlar os preços, mas sem travar completamente a economia. Ceron enfatizou que o alinhamento entre a política monetária (Banco Central) e a política fiscal (Ministério da Fazenda) será fundamental nesse processo.
Outro desafio é a situação fiscal do Brasil. Em 2025, o país deve ter um dos maiores déficits nominais do mundo, o que significa que o governo gasta mais do que arrecada. Para piorar, se não houver um controle maior dos gastos públicos, a inflação pode piorar ainda mais.
Veja também:
Além da Selic, outras estratégias podem ser adotadas para controlar a inflação, como:
No curto prazo, essa “freada” pode significar um orçamento mais apertado para quem depende de crédito. Mas, se tudo der certo, a inflação sob controle pode trazer mais estabilidade e previsibilidade para o futuro.
Ceron reforça que quanto antes essas medidas forem tomadas, mais rápido o país poderá voltar a crescer de forma sustentável. A expectativa é que, com um controle eficaz da inflação, a Selic possa voltar a patamares mais baixos e, assim, estimular novamente o consumo e os investimentos.
Em resumo: o Tesouro quer frear a economia para evitar que os preços saiam do controle. Pode parecer ruim no curto prazo, mas é uma tentativa de garantir um futuro econômico mais estável. Agora, resta saber se o governo conseguirá equilibrar essa equação delicada e evitar que o freio vire um verdadeiro tranco na economia brasileira.
Nos siga no
Participe do nosso grupo no
Os aposentados, pensionistas e outros beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já podem…
Muitos empreendedores encontram no Microempreendedor Individual (MEI) uma ótima alternativa para formalizar seus negócios, pagar…
Se você já foi Microempreendedor Individual (MEI) e precisou mudar de categoria empresarial, mas agora…
Ao iniciar ou gerenciar um negócio, a escolha do regime tributário pode parecer um labirinto,…
Se você é MEI, já se pegou pensando se realmente está pagando os impostos justos…
Pagar impostos faz parte do jogo quando se tem um negócio, mas ninguém gosta de…