Pelo vigésimo sétimo ano seguinte, os milhões de brasileiros, aposentados e trabalhadores iniciam mais um ano tento que pagar ainda mais o Imposto de Renda (IR), justamente por falta de reajuste na tabela de cálculos de descontos dos salários e aposentadorias.
A falta de correção na tabela do IR, combinada com a inflação acumulada ao longo dos anos no país, tem gerado um aumento histórico da tributação, principalmente para a população de menor poder aquisitivo.
O último reajuste na tabela do Imposto de Renda aconteceu em 2015, contudo, foi apenas um reajuste parcial. Isso porque o reajuste integral da tabela que determina as faixas de isenção e alíquotas aconteceu pela última vez em 1996.
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Conforme levantamento realizado pelos auditores da Receita Federal, a defasagem na tabela do Imposto de Renda chegou aos 147,37%, quando considerado o período a partir de 1996, ano em que ocorreu o último reajuste integral.
Dessa forma, a renda do brasileiro que é praticamente toda voltada para consumo e, na medida em que a receita não acompanha a inflação, geram como consequência uma punição muito maior para os cidadãos de baixa renda do que para aqueles com maior renda.
No cenário atual, esperasse que a União arrecada neste ano, mais de R$ 320 bilhões com o Imposto de Renda, dos quais R$ 190 bilhões seriam indevidos.
Isso porque quem acaba pagando a maior parte são os trabalhadores e aposentados assalariados que têm apenas a reposição da inflação nos salários e são obrigados a pagar o IR todos os anos. Recursos que não deveriam ir para a União, mas sim, estar nas mãos das famílias.
Na tabela atual do Imposto de Renda, quem recebe mais do que R$ 1.903,98 ao mês já está obrigado a declarar com o Imposto de Renda, contudo, se a tabela fosse corrigida anualmente, a faixa de isenção seria até os contribuintes que recebem mensalmente R$ 4.675,38.
Como consequência de uma atualização anual, hoje o número de isentos que beira os 8 milhões se elevaria para mais de 24 milhões de pessoas isentas, que não precisariam arcar com o Imposto de Renda.
No atual cenário, a expectativa agora é de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpra com a promessa de campanha que haveria a correção da tabela do Imposto de Renda durante o seu mandato.
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