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Vale a pena usar o FGTS como garantia para empréstimo consignado?

A partir de agora, o trabalhador com a carteira assinada tem mais uma opção de crédito: o empréstimo consignado com o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia.

A modalidade permitirá que milhares de brasileiros regularizem as pendências financeiras que estão em atraso. Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo Serviço de Proteção ao Crédito, neste segundo semestre, aponta que a cada 10 brasileiros, oito estão com as contas no vermelho e  boa parte desse endividamento se dá pelo mau uso do cartão de crédito.

Para o coordenador-geral do Programa de Voluntariado da Classe Contábil (PVCC), conselheiro Elias Dib Caddah Neto, “essa nova modalidade de empréstimo pode ser  válida para aquelas pessoas que pretendem quitar as dívidas com juros mais altos, como o cartão de crédito e o cheque especial”. Ainda, segundo Caddah, “muitas pessoas entram no vermelho porque não fazem um planejamento adequado e gastam mais do que deveriam”, avalia.

Mantido pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o PVCC, que visa sensibilizar os profissionais da contabilidade sobre a importância das ações de voluntariado para a construção de uma sociedade mais justa e solidária, possui o subprograma Educação Financeira, com foco em orientar a sociedade para questões relacionadas ao controle, planejamento e organização das finanças pessoais, buscando sensibilizá-la quanto aos riscos do endividamento pessoal e familiar, consumo consciente e uso do cartão de crédito. O PVCC conta, atualmente, com mais de 7 (sete) mil voluntários.

Questionado se essa nova modalidade de empréstimo  pelo FGTS vale a pena, o coordenador do PVCC afirma que sim, mas pondera: “O trabalhador, mediante o empréstimo, deve ter consciência do uso correto desse valor, saldar as dívidas e controlar seus gastos mensais para não voltar a ficar com o nome negativado nos órgãos de proteção de crédito”.

Para solicitar o empréstimo, o trabalhador deverá comparecer em qualquer agência da Caixa Econômica, portando documento de identificação com foto. Segundo a Caixa, os juros não poderão ultrapassar 3,5% ao  mês, percentual de até 50% menor do que praticado em outras operações de crédito do mercado, com pagamento em até 48 meses.   Vale lembrar que os valores de empréstimo, que serão descontados em folha, variam de trabalhador para trabalhador.

Conteúdo via CFC

Ricardo

Redação Jornal Contábil

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