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A Reforma Tributária trouxe como pauta a criação do Imposto Seletivo, que visa sobretaxar produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como cigarros, bebidas alcoólicas e veículos poluentes. A medida foi pensada como uma tentativa de simplificar o sistema tributário brasileiro e, ao mesmo tempo, desincentivar o consumo desses produtos.
O Imposto Seletivo é uma tentativa de alterar o comportamento do consumidor por meio do preço. Produtos como tabaco e álcool terão impostos mais elevados, com a expectativa de que os preços desses itens aumentem consideravelmente.
A Reforma Tributária propõe que os vários impostos existentes sejam substituídos por dois principais tributos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).
O aumento no custo desses produtos pode resultar em mudanças no comportamento de consumo, mas há dúvidas sobre a efetividade dessa medida em grupos mais vulneráveis. Será que um aumento de preço será suficiente para diminuir o consumo? Ou, pelo contrário, as pessoas continuarão comprando produtos mais caros?
Além disso, veículos com alta emissão de poluentes também estarão sujeitos ao Imposto Seletivo, o que pode gerar um impacto mais amplo, afetando o mercado de automóveis e influenciando as decisões de compra dos consumidores.
O Imposto Seletivo faz parte de uma proposta maior de promover a saúde pública e a sustentabilidade. Ao onerar produtos prejudiciais, o governo pretende reduzir o consumo de itens que afetam diretamente a saúde da população, como o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, responsáveis por várias doenças crônicas. No caso dos veículos poluentes, o objetivo é incentivar uma mudança para modelos mais sustentáveis, reduzindo a emissão de poluentes e, consequentemente, os impactos ambientais.
Ainda há muitas questões a serem discutidas sobre como o mercado e os consumidores irão reagir a essas mudanças. A indústria de tabaco e bebidas alcoólicas, por exemplo, provavelmente buscará alternativas para mitigar os impactos do aumento de impostos, como mudanças nas estratégias de preços ou a ampliação de mercados no exterior. Além disso, a medida pode gerar resistência de setores da população que veem no Imposto Seletivo uma penalização indevida sobre escolhas pessoais.
A criação do Imposto Seletivo reflete uma mudança significativa na forma como o Brasil encara a tributação e a saúde pública. Se, por um lado, a medida busca desincentivar o consumo de produtos prejudiciais e gerar benefícios para a saúde e o meio ambiente, por outro, pode ter repercussões econômicas e sociais que precisam ser cuidadosamente analisadas. Com a reforma ainda em andamento, o Imposto Seletivo promete ser um tema central nas discussões fiscais e políticas nos próximos anos.
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