Nesta última quinta-feira (19), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que está chamando muito a atenção dos brasileiros. Isso porque, uma das mudanças previstas pelo projeto é limitar a alta do salário mínimo.
O Ministério da Fazenda, inclusive, aguarda a aprovação final do pacote fiscal que inclui o limitador do salário mínimo para esta sexta-feira, onde, com o aval da Câmara, o texto vai para aprovação no Senado.
Mas, diante dessa discussão desse novo projeto que prevê limitar a alta do salário mínimo, o que de fato isso significa para os brasileiros? Como eles serão afetados com essa mudança?
O que a nova regra muda para os brasileiros?
Atualmente, o salário mínimo é reajustado com base no crescimento da economia medido pelo PIB e pela inflação. Em outras palavras, isso significa que, quando a economia vai bem, o salário mínimo tende a aumentar mais.
Já com a nova proposta, esse aumento fica limitado. Por exemplo, se o PIB crescer muito, o salário mínimo não poderá subir mais do que 2,5% em termos reais (acima da inflação).
Essa medida tem como objetivo controlar os gastos do governo, especialmente porque ele precisa pagar salários e benefícios sociais que são baseados no próprio salário mínimo, ou seja, quanto maior o salário mínimo, maior o gasto do governo.
Para quem recebe um salário mínimo, como trabalhadores formais, aposentados e outros beneficiários do INSS, o impacto é direto, afinal de contas, com o reajuste limitado, o poder de compra dessas pessoas não pode crescer tanto quanto antes, especialmente em momentos de alta da economia.
Por outro lado, essa mudança acaba contribuindo com o governo para que ele gaste menos, evitando assim possíveis cortes em outros serviços ou mesmo tendo que aumentar impostos.
Lado positivo e negativo
O lado positivo com a medida é que, ao controlar os gastos, o governo acaba evitando problemas ainda maiores como a economia, como, por exemplo, uma inflação ainda maior, ou mesmo uma crise fiscal, que podem afetar toda a população brasileira.
Já o ponto negativo é que, para quem depende do salário mínimo, aposentadoria, pensão ou outros programas que utilizam o valor como referência, o reajuste menor pode dificultar a vida em determinados momentos, especialmente com a alta de preços.