Após quase dois anos da chegada da pandemia de Covid-19 no Brasil, é possível constatar o impacto que a doença trouxe para o mercado de trabalho. De acordo com os números da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em setembro, o trabalho por conta própria no Brasil atingiu o número recorde de 24,8 milhões de pessoas no segundo trimestre de 2021. São os chamados profissionais autônomos.
Trata-se de um crescimento de 4,2% comparado ao trimestre anterior e corresponde a 28,3% de toda a população ativa no mercado de trabalho, segundo o IBGE. Outra pesquisa, da startup Contabilizei, mostra aumento no número de abertura de empresas no país. No total, foram registrados 1.107.787 de novas empresas no terceiro trimestre deste ano contra 927.228, em 2020. A Contabilizei é o maior escritório de contabilidade do Brasil e é referência em abertura de empresas.
Para Charles Gularte, vice-presidente de Operações da Contabilizei, com a pandemia, o empreendedorismo acabou virando uma alternativa para muitos brasileiros. “Tivemos um boom de empresas abertas no período de pandemia, pois muitos brasileiros viram na jornada empreendedora uma forma de gerar renda na crise, entretanto, esse movimento de crescimento no número de empreendedores já era visto em 2019”, avalia.
A tendência do trabalho por conta própria ou de trabalhadores autônomos, vem antes mesmo da pandemia. Entre setembro e novembro de 2019, o contingente chegou a 24,6 milhões. “A perspectiva é de crescimento contínuo. A taxa de empreendedorismo potencial cresceu de 30%, em 2019, para 53%, em 2020”, destaca Gularte.
O executivo se refere aos dados do relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2020, realizado no Brasil pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ). O “empreendedorismo potencial” é composto por cidadãos que não têm um negócio, mas pretendem abrir uma empresa em até três anos.
Os profissionais autônomos são divididos em dois grupos: com ou sem CNPJ. De acordo com a Pnad Contínua, das 24,8 milhões de pessoas que atuam por conta própria, somente 5,8 milhões possuem CNPJ, enquanto 18,1 milhões correspondem ao trabalho por conta própria “informal”.
Atualmente, ter um CNPJ é muito mais fácil se comparado aos anos 1980 e 90 do século passado. Hoje, o processo para abrir uma MEI (Microempreendedor Individual) é concluído em apenas um dia. Para abrir um CNPJ de microempresa, em São Paulo, o prazo mínimo pode chegar a 6 dias, contando com o apoio da Contabilizei.
“Dependendo do escritório de contabilidade, a abertura de uma empresa é muito rápida e prática e, as vantagens, são inúmeras. Além de emitir nota fiscal, o empreendedor passa a ter acesso a crédito, pode participar de licitações públicas e consegue vender seus produtos ou serviços para outras empresas”, explica Charles Gularte, da Contabilizei.
“Hoje, você pode contratar um serviço de contabilidade pela internet ou pelo celular e abrir a sua empresa do conforto da sua casa”, completa.
De janeiro a setembro de 2021, foram abertas 3,2 milhões de empresas no Brasil. Desse total, 77,6% das novas empresas são MEI, segundo levantamento realizado pela Contabilizei.
Fundada em 2013, a Contabilizei é hoje o maior escritório de contabilidade do país e a pioneira em digitalizar processos contábeis.
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