Empresas do grupo:

Início » O interesse dos brasileiros pelo mercado de criptomoedas esteve em rápida ascensão em 2020

O interesse dos brasileiros pelo mercado de criptomoedas esteve em rápida ascensão em 2020

por Esther Vasconcelos
3 minutos ler
Designed by @ali_production / freepik

O interesse dos brasileiros pelo mercado de criptomoedas está em rápida ascensão em 2020 e, consequentemente, há alta nos criptoativos e outros fundos ligados a eles. Considerando os números do período, até o dia 3 de setembro, eram 14,3 mil cotistas e R$ 230,7 milhões em patrimônio líquido.

Os valores representam um crescimento de 11 vezes no número de investidores e de 77,5% no volume de recursos comparado ao ano anterior, quando existiam 1,3 mil cotistas e cerca de R$ 26 milhões em patrimônio líquido, segundo dados recentes disponibilizados no site da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

À época, o mercado brasileiro estava presente em cinco fundos de investimento. Em junho deste ano, já eram nove fundos ativos no mercado, com 7,4 mil cotistas e R$ 130 milhões em patrimônio líquido.

Entretanto, nem todos esses valores estão investidos em criptoativos. Acontece que, conforme a instrução 555/2014 da CVM, é limitado o quanto cada pessoa, seja física ou jurídica, pode ter em ativos de renda variável no exterior, como criptomoedas.

Assim, investimentos e aplicações ficam limitadas a 20% de renda variável e a 80% de renda fixa.

Deste modo, dos R$ 230,7 milhões em patrimônio dos fundos, apenas R$ 161,2 milhões correspondem a aplicações em criptomoedas.

Ainda sem regulamentação, não é possível que esses criptoativos integrem diretamente as carteiras brasileiras.

O CVM possibilita, contudo, os investimentos em fundos estrangeiros, já antigos no meio e que, por sua vez, já possuem uma carteira ativa de mercado. 

Regulamentação no Brasil

As criptomoedas, como o Bitcoin, representam um avanço tecnológico e econômico nos últimos anos. No entanto, o mercado ainda é visto como certa novidade, principalmente no Brasil, mesmo que o número de pessoas registradas em corretoras para investir em ativos digitais supere o número de investidores da Bolsa de Valores brasileira.

Foi apenas em 2019 que a primeira regulamentação sobre criptomoedas entrou oficialmente em vigor.

Na instrução normativa 1.888 da Receita Federal, fica definido que toda corretora que trabalhe com a negociação de criptomoedas terá a obrigação de informar ao Fisco os dados de todas as transações de seus clientes.

Assim sendo, informações como nome, valores, datas e taxas não poderão ser omitidas em nenhuma das operações, sob hipótese alguma.

Há, ainda, dois projetos de lei que visam a regulamentação do mercado. O PL 3.825/2019, de Flávio Arns (Podemos-PR), determina que o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários fiscalizem as operações virtuais para impedir lavagem de dinheiro e outras práticas ilícitas no meio. 

Do outro lado, o PL 4.207/2020, de Soraya Thronicke (PSL-MS), sugere a criação de um comitê interministerial para acompanhar as transações.

Você também pode gostar

This website uses cookies to improve your experience. We'll assume you're ok with this, but you can opt-out if you wish. Accept Read More