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O medo do abandono pode sustentar relacionamentos tóxicos e submissos!

O medo do abandono é mais comum do que se imagina. Chamamos essa fobia de Monofobia, autofobia ou isolofibia

Classificações que possuem a mesma disfunção: medo intenso de ficar sozinho (a).

O que muitos não sabem é que o medo é algo fundamental em nossas vidas. Detém a atribuição de nos proteger, não permitindo que sejamos confrontados por situações de risco.

Entretanto, se não for dosado, pode gerar transtornos graves que afetam nosso cotidiano, como a Monofobia – uma manifestação psíquica conectada a ansiedade, pois ao menor sinal de que poderá ficar sozinho, o indivíduo começa a “sofrer por antecipação”.

Consequência que deflagra, em muitos casos, o desenvolvimento de relações de extrema dependência emocional, pois não se sente capaz de agir por conta própria.  

Essa sensação de medo extremo é comumente percebida em adultos e crianças. Nas crianças manifesta-se pelo simples fato de que não possuem noção de tempo, espaço ou consequência, por estarem em processo de formação.

Para elas, cinco minutos de espera pode corresponder a uma eternidade, onde a angústia irá alimentar a sensação de abandono.

Ao se sentirem sozinhas, podem entrar em desespero, correndo o risco de desenvolverem transtornos psicológicos mais graves, afetando a autoestima e prejudicando seus relacionamentos na vida adulta. 

A ocorrência da Monofobia em adultos, além de outros aspectos, pode sustentar os relacionamentos tóxicos e submissos, pautados pela necessidade de agradar, por acreditar que podem ser abandonados (as) a qualquer momento.

Está presente em muitas relações afetivas, onde, por exemplo, algumas mulheres se sujeitam a este tipo de convívio apenas para não ficarem sozinhas.

Campo fértil para expressões de violência doméstica. Na maioria dos casos, o medo do abandono (fobia) decorre de traumas de infância caracterizados por abandonos físicos, emocionais ou financeiros.

Um comportamento aprendido com experiências infantis que, na vida adulta, manifesta-se pelo temor de que cada pessoa significativa em sua vida poderá abandoná-lo de uma forma similar.

Uma patologia que machuca, dói e limita, causada também por estresse a longo prazo, ansiedades, relações ruins e até mesmo fatores sócio-econômicos. 

A Monofobia pode desencadear sintomas físicos perceptíveis ao corpo, como: tonturas, vertigens, sensação de falta de ar, aceleração dos batimentos cardíacos, palpitações, suores, dor no peito, náuseas, tremores e medo de morrer.

Também pode associar-se a outras perturbações psicológicas graves, como a síndrome do pânico, transtornos de ansiedade e depressão. 

Estes efeitos psicológicos podem gerar interferências em todos os aspectos da vida do indivíduo, a ponto de impactarem suas relações sociais, profissionais e íntimas.

Além de serem capazes de desencadear o medo de comer, escrever e falar na frente de pessoas, destruindo e corrompendo de forma aterrorizante os pensamentos e as ações.

Sugerindo assim, a manifestação de ataques de pânico e outros sintomas psíquicos graves.  

Contudo, não se pode confundir o medo de ficar sozinho (Monofobia) com a sensação de medo que algumas pessoas podem ter após assistir um filme de terror.

O medo relativo ao transtorno descrito é muito mais intenso, irracional e paralisante, visto que causa um sofrimento contínuo e pode interferir de maneira drástica na vida do indivíduo. 

Por fim, o tratamento para o desequilíbrio mental provocado pela Monofobia e pelo medo demasiado de ficar sozinho consiste em dessensibilizar-se ao objeto ou a situação temida.

Recomenda-se, portanto, a busca por ajuda qualificada de um profissional de saúde mental para que, através da psicoterapia, seja possível aumentar os recursos internos, favorecendo a autoestima e a confiança em suas próprias habilidades individuais.

A mudança de pensamento sustentará o controle das reações, melhorando a qualidade de vida e impedindo que o sujeito seja tomado pelo medo mórbido da solidão. 

Por Dra. Andréa Ladislau, Psicanalista

Esther Vasconcelos

Estudante de nutrição e apaixonada por meios de comunicação, trabalhando atualmente como redatora no Jornal Contábil.

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